Uma ação conjunta realizada pela Polícia Civil do Tocantins e da Polícia Rodoviária Federal, com apoio da Polícia Militar, resultou na prisão de um homem de 28 anos, na tarde de sábado (25).
Ele é o principal suspeito de matar a farmacêutica Gabriela Alves Grecco, de 34 anos, em Santa Catarina. O crime ocorreu no dia 14 de março, em Itajaí.
Segundo o delegado Andreson Alves, as equipes da 7ª Central e da 5ª DEIC (Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado) já haviam recebido informações de que um homem suspeito de praticar feminicídio, em Santa Catarina estaria em fuga e poderia estar passando pelo Tocantins.
“De posse das informações, passamos a monitorar a situação e pedimos apoio da Polícia Rodoviária Federal para realizar a abordagem do ônibus, onde o suspeito poderia estar. Por volta das 15h, o coletivo foi abordado, sendo que o homem estava em seu interior e foi preso”, disse o delegado.
Segundo Andreson, o homem, que integra uma facção criminosa, cumpria pena no presídio da Papuda, no Distrito Federal, por tráfico de drogas, mas acabou fugindo e foi para a cidade de Itajaí, Santa Catarina, onde teria conhecido Gabriela.
“As investigações da Polícia Civil de Santa Catarina apontam que, na noite da segunda-feira (13), a vítima chegou com esse indivíduo em seu apartamento, onde passaram a noite. Ocorre que por volta das 6h da manhã da terça-feira (14), vizinhos teriam ouvido uma forte discussão, seguida de uma briga. Em seguida, a mulher teria sido jogada do apartamento localizado no sétimo andar do prédio”, frisou o delegado. A mulher foi declarada morta no local.
Após matar a farmacêutica, o criminosos fugiu do sétimo andar do prédio pulando de apartamento em apartamento, utilizando as caixas de ar condicionado até chegar ao chão onde desapareceu.
Logo após, ele foi até um hotel, onde se hospedou utilizando-se de um documento de uma pessoa morta.
Porém, a polícia descobriu e foi até o local, mas ele se escondeu. Quando os policiais saíram, ele comprou pela internet, uma passagem de Itajaí para São Luiz do Maranhão, novamente utilizando o documento da pessoa morta.
A Polícia Civil de Santa Catarina começou a monitorar o indivíduo e daí descobriu que ele havia entrado em um ônibus para fugir. Porém, os policiais civis não sabiam ainda qual seria a empresa em que ele havia embarcado.
Desse modo, já próximo a Guaraí foi levantado que seria num ônibus da empresa Satélite, momento em que, por volta das 15h, policiais abordaram o coletivo e o encontraram no interior do veículo.
Levantamentos realizados pela Polícia Civil apontam que o homem é considerado extremamente perigoso e, segundo ele próprio no momento de ser interrogado, é autor de vários homicídios dentre outros crimes.
“Além de ser faccionado e estar cumprindo pena por tráfico de drogas no presídio da Papuda, em Brasília, ele tem passagem por roubo, homicídio, tráfico, desacato, violência doméstica e agora feminicídio”, destacou Andreson.