A Prefeitura de Jaraguá do Sul, por meio das Secretarias de Educação e Saúde está atenta ao crescente número de casos da doença mão-pé-boca (também chamada de síndrome mão-pé-boca), no Estado de Santa Catarina.
Nesta segunda-feira (20), a Secretaria de Educação enviou comunicado a todas as escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), alertando sobre a situação e ressaltando a necessidade de atenção redobrada quanto a possíveis casos da doença. As unidades também receberam material orientativo contendo informações gerais sobre a síndrome, medidas preventivas e de controle e tratamento.
Atenção com a higiene
“A contaminação pode ser controlada com medidas de higiene. Então, precisamos intensificar os cuidados e protocolos sanitários. Nós solicitamos que as unidades atuem com o mesmo rigor que foi utilizado durante o período de pandemia. Também vamos repassar essas orientações às famílias, via agenda institucional e aplicativo de mensagem”, destaca a secretária de Educação, Emanuela Wolff.
Alguns cuidados recomendados incluem o revezamento de brinquedos para tempo de desinfecção, higienização constante de todos os espaços e lavagem frequente e correta das mãos, especialmente entre as trocas de fraldas e atendimentos mais individualizados. A utilização de álcool 70% também é imprescindível.
Também está sendo solicitado que as unidades organizem com as agentes de limpeza e conservação um cronograma para intensificar a limpeza e desinfecção dos ambientes, brinquedos e demais objetos.
A Secretaria Municipal de Saúde orienta que, em caso de suspeita da doença, pais/responsáveis devem procurar a Unidade de Saúde de referência do bairro para atendimento. Nos casos positivos, a escola deve ser comunicada para a devida notificação do caso. A criança deverá permanecer afastada até a melhora do quadro.
“Estamos atentos e monitorando a situação em Jaraguá do Sul. Estive no hospital verificando como está a procura. Observamos o registro de vários atendimentos, mas poucas confirmações da doença até agora. De qualquer forma, já estamos articulando ações caso tenhamos aumento de notificações por aqui”, salienta o secretário da Saúde, Alceu Gilmar Moretti.
Síndrome mão-pé-boca
A síndrome mão-pé-boca é uma infecção de origem viral, altamente contagiosa que se manifesta com lesões em pés, mãos e boca incluindo bochechas e garganta. As lesões podem ocorrer também em joelhos, cotovelos nádegas e região genital. É mais frequente em crianças com menos de cinco anos de idade, embora possa afetar adultos. É causada por um enterovírus, o vírus Coxsackie.
A transmissão ocorre através do contato direto ou indireto com fezes de pessoas contaminadas, por meio das gotículas espalhadas por tosse/espirros/saliva no ambiente e/ou objetos de uso compartilhado ou pelo consumo de alimentos contaminados ou mal cozidos. Outra forma de contágio é o contato direto com as bolhas estouradas. Os sintomas iniciam com febre baixa e desconforto, que duram de 1 a 2 dias e, após, aparecem as “bolinhas” características.
Cuidados em caso de confirmação da doença
Deve-se priorizar alimentos pastosos (purês ou mingaus) com pouca quantidade de sal para não aumentar a dor de garganta. Sorvetes e gelatinas também são uma boa opção. Bebidas geladas, como água e sucos naturais, são indispensáveis para uma boa hidratação. Os pais devem tomar cuidado com o contato. Lavar as mãos com frequência e não trocar fraldas em lugares públicos evitam o contágio.