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Femusc: no mundo da música não há guerra

Por: Editorial

18/01/2023 - 06:01 - Atualizada em: 18/01/2023 - 08:23

 

Os ávidos expectadores do Femusc percebem que, com exímia regência dos mentores, organizadores e apoiadores, assegura-se, mais uma vez, uma edição com a fina sintonia entre as brilhantes apresentações e as infinitas possibilidades, novidades, mensagens e sensações que a música proporciona.

Significa dizer que no universo da música não há limites. Em meio a cacofônica ressonância do nebuloso mundo político, nosso Femusc, de forma desafiadora, avança surpreendendo e emocionando participantes e representantes de múltiplas nações, numa mansidão sinfônica e envolvente.

A prova evidente disso, foi testemunhada no destacado Concerto das Nações, exibido na segunda-feira (16). Além de Rússia e Ucrânia, outros 25 países, entre eles Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, México e Peru, estiveram representados com exuberantes execuções no Grande Teatro Scar.

Em momento singular, compartilharam o palco a soprano Anastasia Pogorelova, a pianista Kristina Meliukhina e a oboísta Aglaia Golubeva, mais conhecida como Glasha (Rússia), e a violinista Margaryta Opsychuk (Ucrânia). Executaram uma canção russa baseada no poema “Olhos Negros”, do poeta e escritor ucraniano Evgeny Pavlovich Grebinka. Aos olhos atentos, críticos e sensíveis, aquele momento simbolizou que a verdadeira linguagem da paz é a música, pois é compreensível por todos.

Vale salientar, então, que a gênese do Femusc é democrática e sua sustentabilidade é missão coletiva. Num momento contextual sombrio, obras dessa grandeza precisam e merecem ser vistas, ouvidas, sentidas, absorvidas e reconhecidas. Valorize, apoie, contribua. Pois, como bem nos proclama Nietzsche, “sem a música, a vida seria um erro.”

 

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