O primeiro interrogatório com o examinador de trânsito preso por suspeitas de recebimento de vantagens financeiras de autoescolas, em troca de facilidades no processo de concessão da CNH, ocorreu ontem, na DIC (Divisão de Investigações Criminais) da Polícia Civil de Jaraguá do Sul.
O promotor de justiça Márcio Cota ressalta que a investigação está em andamento, mas já há novidades.
“Hoje mesmo solicitei a prisão preventiva do policial a fim de garantir a ordem pública e para que não haja interferência na colheita de provas. Na semana que vem, devo oferecer a denúncia. Tem muita autoescola envolvida, temos muita informação a colher ainda”, afirma Cota.
Dos seis detidos, só o policial permanece preso, os demais já estão respondendo em liberdade.
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Como funcionava
Conforme o promotor, foi apurado que grande parte das autoescolas “contribuía” com cinco reais por aluno que fazia o teste. O dinheiro seria uma forma de agilizar o procedimento com o examinador, fazendo com que o processo ocorresse com lisura, sem maiores problemas para os centros de formação. Cota destaca que o acusado prestava um serviço “quase que particular”.
Estima-se que os desvios de conduta possam ocorrer há pelo menos uma década, e que nesse período o examinador pode ter arrecadado uma quantia próxima de meio milhão de reais
Policial deve ir para cela especial
Sendo acolhida a prisão preventiva, o policial deve ser levado ao Presídio Regional de Jaraguá do Sul, onde ficará em “cela de estado maior”, separado dos demais presos. O representante do Ministério Público diz que a medida é necessária.
“É um policial que esteve 30 anos trabalhando na segurança. Ele ficará nessa cela que vamos providenciar em razão dessa condição. Não somos irresponsáveis ao ponto de deixá-lo lá dentro misturado com presos comuns”, completa Márcio Cota.
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