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Investigação da Polícia Civil conclui que homem foi torturado e morto por engano em Joinville

Paulo Cesar Cercal, 44 anos,, foi encontrado morto no dia 8 de janeiro deste ano, no bairro Aventureiro | Foto Divulgação

Por: Gabriel Junior

19/10/2018 - 12:10 - Atualizada em: 19/10/2018 - 13:13

A Delegacia de Homicídios de Joinville concluiu, nesta semana, a investigação de um homicídio ocorrido no dia 8 de janeiro deste ano, no bairro Aventureiro, zona Norte da cidade. Os trabalhos de investigação da Polícia Civil resultaram na desarticulação de mais uma célula de uma facção catarinense e no indiciamento de 11 pessoas que agiram direta e indiretamente para o crime.

O corpo de Paulo Cesar Cercal, 44 anos, foi encontrado próximo a um rio, no final da rua José Gonçalves, com as mãos amarradas para trás e várias perfurações, principalmente na região do peito e pescoço. Paulo não tinha antecedentes criminais, era morador do bairro Itaum e trabalhava como vendedor.

Corpo da vítima foi encontrado com as mãos amarradas para trás e várias perfurações | Foto DH/Divulgação

Complexa trama criminosa

Segundo a Delegacia de Homicídios, a investigação aponta que a vítima foi sequestrada em via pública na zona sul de Joinville e submetida a uma severa sessão de tortura com a finalidade de obter informações sobre membros de uma organização criminosa.

Ainda de acordo com a investigação da Delegacia de Homicídios, Paulo foi executado a golpes de faca e seu veículo foi incendiado para destruir provas materiais. A Polícia Civil acredita que a motivação está ligada a disputas entre facções criminosas, embora a investigação tenha concluído que a vítima não participava de qualquer grupo e, possivelmente, foi confundida por membros de uma facção.

Apesar de não haver testemunhas do homicídio, a Delegacia de Homicídios afirma que reuniu, a partir de dados de inteligência, um forte conjunto de provas, asseguradas por prova objetiva e técnicas modernas de investigação, resultando na descrição detalhada da conduta dos 11 indiciados, desde o sequestro da vítima até sua execução.

Com a expedição dos decretos prisionais, os policiais passaram a fazer buscas para capturar os investigados. Sete foram presos no decorrer da investigação, sendo que quatro ainda continuam em liberdade e seguem foragidos.

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Gabriel Junior

Repórter de segurança pública e editor de conteúdos gerais