Um crime bárbaro movimentou as polícias e o Instituto Geral de Perícias, na noite desta quinta-feira (06), no Norte da Ilha. Cinco pessoas foram mortas dentro de um hotel na rua Doutor José Bahia Bitencourt, em Canasvieiras. Quatro delas seriam da mesma família e o quinto seria um funcionário. A chacina teria ocorrido entre a tarde e a noite.
De acordo com o tenente-coronel Marcelo Pontes, da Polícia Militar, as vítimas foram rendidas uma a uma, na medida em que chegavam no apart-hotel. A família que é natural de São Paulo, morava há dez anos na Ilha e seria proprietária do estabelecimento onde foi assassinada.
As vítimas foram identificadas como sendo Paulo Gaspar Lemos, 78 anos; Leandro Gaspar Lemos, 44; Paulo Gaspar Lemos Junior, 51; Katya Gaspar Lemos, 50; e Ricardo Lora, 39 anos.
Conforme a PM, as vítimas foram feitas reféns a partir do meio da tarde. Segundo relatos da única testemunha do crime, que é uma funcionária do estabelecimento, os crimes foram cometidos por três homens armados. Ela também chegou a ser amarrada e trancada em um porão, mas foi libertada pelos criminosos.
Segundo Pontes, ao chegar no local, a PM encontrou um corpo na lavanderia que fica no subsolo, outros dois em quartos no segundo andar do estabelecimento e dois no terceiro andar. Todos estavam amarrados e, em princípio, foram mortos por asfixia.
“Tudo indica que foi por asfixia, mas o IGP é quem vai fazer o laudo. Não havia marcas de sangue no chão e nem perfurações de arma de fogo”, destacou o tenente-coronel.
A polícia também encontrou inscrições nas paredes do hotel assinadas por uma facção criminosa. A PM acredita que as mensagens foram deixadas para indicar o motivo do crime. Além dos assassinatos, os criminosos disseminaram gasolina nos locais onde foram encontrados os corpos.
Para o delegado Ênio Matos, da Delegacia de Homicídios da Capital, as inscrições assinadas nas paredes não indicam que o crime foi cometido por uma facção. Na avaliação dele, pode ter sido uma forma de despistar os verdadeiros autores. Para confirmar a motivação, a polícia precisa encontrar mais elementos.
“É muito cedo para afirmar qualquer coisa. Mas um crime nesses padrões eu ainda não tinha visto em Florianópolis”, destacou o delegado.
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