Vídeo: Policiais do 14º BPM treinam com fuzil Taurus T4 A4

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Claudio Costa

14/11/2018 - 04:11 - Atualizada em: 14/11/2018 - 08:39

A tropa do 14º Batalhão de Polícia Militar passa por um novo treinamento. Até dezembro, todo o efetivo operacional e parte do administrativo deve estar apto a utilizar o fuzil T4 A4 da fabricante nacional Taurus, com calibre 5.56×41 nato.

De acordo com o subcomandante do batalhão e instrutor do treinamento, major João Carlos Benassi Kuze, os PMs estarão capacitados a operar a arma longa adotada pela Radiopatrulha.

Confira o vídeo:

Convênio

O armamento foi adquirido no início do ano por meio de convênio de Radiopatrulha que a Prefeitura de Jaraguá do Sul mantém com o batalhão. Outros municípios da região atendidos pelo 14º BPM também foram encorajados a adquirir o fuzil para as unidades.

Foto: Eduardo Montecino/OCP News

Kuze conta que a arma é uma cópia da plataforma AR da Colt, que teve a patente quebrada e adotada em 2017 pela fabricante brasileira.

“Nós esperamos que a indústria brasileira tenha feito uma cópia a altura das armas originais. Ele é um fuzil bem ergonômico e veste muito bem, como se diz no linguajar da caserna. São 11,5 polegadas de cano e uma coronha onde eu consigo adaptar até seis posições. Isso faz com que ele tenha uma aplicabilidade em combate urbano e rural”, descreve Kuze.

Ferramentas para o patrulhamento

A aquisição do novo armamento busca dar mais qualidade para o trabalho policial na região. O major afirma que o calibre 5.56 do fuzil T4 A4, utilizados por tropas de combate americanas, é bem recebido pelos policias militares.

Apesar de já haver armas com esse calibre no 14º BPM, Kuze conta que elas são inferiores e os PMs não se sentem confortáveis em utilizá-las. Assim, o novo fuzil vem para suprir a necessidade de uma arma longa de qualidade para a tropa.

O major afirma que o tamanho do fuzil é ideal para os PMs que ficam embarcados em uma viatura ou engarupados numa motocicleta.

O Taurus T4 A4 possibilita o emprego de uma arma de maior potencial com facilidade de manejo. O fuzil dá condições de defesa ao policial em troca de tiros intensa com bandidos que utilizam armas de grosso calibre, como os caixeiros.

Foto: Eduardo Montecino/OCP News

Armamento forte e que atende às necessidades dos PMs, o Taurus T4 A4 dispara a munição com mais de mil joules de força, o dobro de uma pistola .40, padrão da Polícia Militar de Santa Catarina.

De acordo com Kuze, as balas de calibre 5.56 fornecidas pela PM podem tranquilamente transfixar os coletes balísticos usados por criminosos.

“O fuzil Parafal, adotado pelo exército, que usa o calibre 7.62×51, com algumas unidades também no batalhão, tem uma restrição no porte de munições, já que o carregador tem apenas 20 munições, enquanto o T4 A4 comporta 30 munições. Esse fuzil tem dimensões menores, o que dá vantagem para o policial que fica muito tempo embarcado em uma viatura”, compara.

Treinamento básico

Segundo o major, a Polícia Militar tem uma política de habilitação aos armamentos novos. O policial não pode utilizar nenhum armamento sem a qualificação, onde passa a conhecer as nuances da arma que vai operar no patrulhamento. Dessa forma, há certeza de que ele está apto à função.

O treinamento começa com uma instrução preparatória teórica em sala de aula. Os alunos conhecem o armamento, fazem a montagem e desmontagem do fuzil e a prática em seco (sem os disparos).

Foto: Eduardo Montecino/OCP News

Só depois disso é que os PMs vão para o estande de tiro utilizado pelo 14º Batalhão de Polícia Militar, em uma área cedida pela Grameira Felippi. Lá, eles aprendem o manuseio dos fuzis em diversas posições e fazem cerca de 50 disparos.

“Isso não quer dizer que ele é instrutor, que ele é expert e que ele vai estar preparado para todas as situações. Isso quer dizer que ele tem condições de operar aquela arma com segurança, com a proficiência, com índice técnico mínimo. A maioria tem um ótimo resultado, um ou outro policial enfrenta alguma dificuldade e isso é adequado com mais treinamento”, conclui.

 

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