Urgente: Polícia prende novamente autores de homicídio do fim de semana em Jaraguá do Sul

Foto: Rede OCP / PM

Por: William Fritzke

16/04/2019 - 17:04 - Atualizada em: 16/04/2019 - 17:47

Foram presos nesta terça-feira (16), os irmãos que confessaram serem os autores do homicídio registrado no último domingo em Jaraguá do Sul. Eles já haviam sido presos no domingo, pela PM, depois de denúncias anônimas. Na delegacia eles confessaram o crime mas acabaram liberados depois que o pedido de prisão efetuado pela delegada, não foi atendido pelo juiz plantonista.

No dia seguinte, segunda-feira (15), a pedido do Ministério Público, o juiz da vara criminal concedeu os mandados de prisão. Uma equipe da Polícia Civil foi até a casa deles mas eles já estavam foragidos.

A partir desse momento, uma série de diligências começaram a ser realizadas, até que a Agência de Inteligência da PM  encontrou os dois em uma residência de Jaraguá do Sul nas proximidades do Senai. As guarnições do P2 com apoio da Rocam prenderam os mesmos que foram levados para a delegacia de polícia e na sequência devem ser levados ao presídio.

 

Relembre o caso

 

Os dois homens, de 21 e 22 anos, presos sob a suspeita de cometer um homicídio em Jaraguá do Sul estão em liberdade. A soltura da dupla ocorreu após o juiz de plantão não analisar o pedido de prisão preventiva feito pela Polícia Civil, porque entendeu que não havia um pedido de urgência com o embasamento adequado. O promotor titular da 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Jaraguá do Sul, Marcio André Zattar Cota, realizou, na tarde desta segunda-feira (15), um novo pedido, que está sob análise.

No domingo (14), o juiz de plantão Fernando Zimermann Gerber não analisou o pedido de prisão preventiva feito pela delegada Claudia Cristiane Gonçalves de Lima, sob o argumento de que não houve indicação objetiva do pedido de urgência. O documento afirma que o pedido seria redistribuído em alguma das varas criminais do Fórum nesta segunda-feira (15). O processo segue em segredo de Justiça.

Sem a prisão preventiva, a autoridade policial foi obrigada a soltar os dois suspeitos. No despacho, Gerber destaca que a autoridade não justificou a urgência do pedido de prisão preventiva, apesar de ser chamada para realizar o esclarecimento. “Embora intimada para justificar a urgência da medida, a autoridade policial assentou que ‘os requisitos de relevância e urgência estão descritos na representação encaminhada'”, escreveu o juiz plantonista.

Morto a pauladas

João Paulo Mello, 29 anos, foi encontrado morto em um buraco na rua Francisco Jacomini, no bairro Boa Vista. O corpo foi visto por moradores por volta das 9h30 de domingo. As polícias Militar, Civil e o Instituto Geral de Perícias (IGP) foram chamados para verificar o caso. Segundo a análise inicial feita pelo IGP, Mello morreu em decorrência de um traumatismo craniano. Ele também tinha um trauma na mandíbula.

Os dois suspeitos de cometer o crime foram presos pela Polícia Militar por volta das 13h30. Uma denúncia anônima levou os policiais militares até a dupla, que estava colocando pertences em um carro e se preparavam para fugir. Eles foram levados para a delegacia e um dos presos assumiu que matou Mello a pauladas. A confissão foi entendida como uma tentativa de excluir o irmão das acusações de homicídio e ocultação de cadáver.

 

 

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