Logo mais, o sistema prisional catarinense ficará conhecido em todo Brasil.
Vai ao ar, às 23h59min desta segunda-feira, o programa Conexão Repórter, do jornalista Roberto Cabrini, no SBT.
Intitulada de “O vírus e o cárcere”, a reportagem especial retrata, tendo como modelo as unidades prisionais de Criciúma, no Sul catarinense, como a pandemia da Covid-19 vem sendo enfrentada na prisão, seja com a massa carcerária e os próprios agentes penitenciários.
Esta foi a primeira vez que uma equipe de televisão ingressou no sistema prisional em meio à pandemia.
Entrevistados
A juíza da Vara de Execuções Penais da Comarca, Dra. Débora Driwin Rieger Zanini; a diretora da Regional Sul do Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap), Maira Montegutti, o gerente do Presídio Regional de Criciúma (Santa Augusta), Rodrigo Ferreira, demais servidores, detentos e até familiares foram entrevistados.
Na matéria, problemas em nível nacional, como a superlotação e o desafio de conter a contaminação do vírus no cárcere para não superlotar ainda mais o sistema de saúde.
DNA criciumense
A reportagem especial, com autorização do secretário de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa, Leandro Lima, foi intermediada pelo jornalista de Criciúma, João Zanini, atualmente produtor do programa e morando em São Paulo.
Segundo ele, a última semana foi intensa de trabalho.
“As gravações foram intensas. A equipe chegava na unidade por volta de 4h da madrugada e saia ao anoitecer. No dia seguinte, tudo de novo. Tudo isso para, a pedido de Cabrini, acompanhar plenamente o dia a dia carcerário”, conta o produtor.
Gravações ocorreram na última semana no Presídio Regional de Criciúma e na Penitenciária Feminina Sul / Fotos: Reprodução SBT
Transparência
Outra ponto destacado por Cabrini, em entrevistas nesta segunda, foi a permissão do sistema prisional catarinense para que ele pudesse entrar.
“Quem não deve, não teme. Só quem tem convicções do seu trabalho, pode permitir que uma equipe de TV faça um raio-x tão profundo de uma unidade prisional como fizemos”, elogiou o jornalista.
Casos
Na última semana, no Presídio Santa Augusta, 145 detentos haviam sido diagnosticados com o novo coronavírus, sendo que 137 já estão curados.
Os demais estão isolados e passam bem.
Outros 13 suspeitos de ter o vírus também aguardam isolados o resultado do exame.
Desde a confirmação do primeiro caso, nenhum detento precisou ser internado.
Na Penitenciária Feminina não há nenhum caso e, na Penitenciária Sul, um apenas, que já está curado.
Agentes
Além disso, 15 agentes penitenciários foram positivados.
Visitas
As visitas estão suspensas desde março quando começaram as medidas de isolamento social decretadas pelo Governo catarinense e, segundo já explicado pela Dra. Débora, o vírus é proliferado pelos novos presos que ingressam já positivados.
Para ter contato com a família, os detentos realizam videochamada.
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