Choque térmico: cuidado com as mudanças bruscas de temperatura

Por: OCP News Jaraguá do Sul

15/01/2020 - 05:01 - Atualizada em: 15/01/2020 - 15:21

Provavelmente você já ouviu falar em choque térmico, quando ocorre a mudança rápida de temperatura do corpo.

Ele pode acontecer, por exemplo, quando a gente sai do banho quente e vai pendurar a toalha no quintal num dia bem frio, ou ainda ficar o dia inteiro no frio do ar condicionado e depois sai para andar em um dia quente com sol escaldante.

E, pra quem não leva isso muito a sério, saiba que isso é muito perigoso. Provavelmente você já ouviu alguém dizer que não é para sair na friagem depois do banho quente porque a boca entorta. Isso é real, sim!

A paralisia do rosto – chamada nevralgia – pode acontecer quando a temperatura do corpo muda muito e rapidamente. Existem pessoas com mais tendência do que as outras para tê-la, mas não se sabe ao certo o motivo. A maioria dos casos tem cura, desde que receba cuidados médicos.

É importante saber que o organismo leva um tempo para se adaptar à temperatura diferente da qual estava acostumado. Isso exige bastante esforço dos vasos sanguíneos e do coração.

 

No calor, as veias estão dilatadas (mais largas). No momento em que a temperatura abaixa de repente, se tornam estreitas, dificultando a passagem de sangue.

Isso aumenta a pressão sanguínea e o esforço que o coração tem de fazer para levar sangue ao corpo todo. É nessa hora que sentimos tontura e mal-estar.

O contrário também ocorre quando, no frio, os vasos sanguíneos aumentam de tamanho de uma vez por causa do calor brusco. Nesse caso, porém, ficamos avermelhados e passamos a transpirar rapidamente.

Quando é o pior: do calor para o frio ou vice-versa?

O choque térmico é mais perigoso para o nosso corpo quando passamos de um ambiente quente para outro frio. Isso acontece porque a queda na temperatura afeta o muco que protege as vias aéreas.

Normalmente, os vírus e as bactérias do ar ficam presos na meleca, que sai pelas narinas ou é engolida. Mas, quando esfria de repente, o muco fica mais espesso e difícil de ser eliminado, o que aumenta o tempo de ação dos micro-organismos, facilitando a ocorrência de uma infecção.

Essa mudança de temperatura atinge principalmente as pessoas que têm mais tendência a produzir muco, como alérgicos, fumantes, crianças e idosos.

De maneira geral, porém, nosso organismo é bem preparado para lidar com as mudanças súbitas de temperatura. Diferentes órgãos agem em conjunto para manter o corpo em boas condições de funcionamento. Situações extremas, no entanto, podem ser fatais.

Sintomas de choque térmico do calor para o frio

Rosto gelado

Para manter você vivo o maior tempo possível, o corpo faz o que dá para preservar o tronco aquecido, levando o sangue, quente, das extremidades para os órgãos vitais. A consequência disso é que o nariz, as mãos e os pés são os primeiros a ficar gelados.

Coração lento

O coração bate mais devagar, privilegiando a circulação entre os órgãos vitais. Já a respiração se acelera, pois o corpo precisa aumentar os níveis de oxigênio no sangue e, com isso, produzir energia, que se transformará em calor.

Pele arrepiada

Nossos pelos se arrepiam para criar uma camada de ar que funciona como isolante térmico, diminuindo a perda de calor para o ambiente. Outra estratégia do corpo é começar a tremer – uma forma de investir energia na geração de calor.

Sintomas de choque térmico do frio para o calor

Rosto corado

Os vasos sanguíneos da cabeça, mãos, braços, pernas e pés se dilatam para fazer com que o sangue quente vá para longe dos órgãos internos, que precisam se manter com a temperatura em torno de 36 °C. Resultado: você fica com o rosto corado e mãos e pés inchados.

Coração acelerado

O coração começa a bater mais rápido, para acelerar a circulação do sangue. A respiração também se intensifica, numa tentativa do corpo de expulsar o gás quente, substituindo-o pelo ar mais fresco do ambiente.

Pele suada

Quanto maior a temperatura, mais as glândulas sudoríparas trabalham. O suor é uma estratégia do corpo para perder calor para o ambiente, o que acontece quando o líquido evapora. Mas essa perda, em excesso, pode causar desidratação.

Fontes: Petrobras Conhecer, Diário do Grande ABC

 

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