Motorista conta como aconteceu assalto na BR-280, em Guaramirim

Por: OCP News Jaraguá do Sul

14/09/2017 - 19:09 - Atualizada em: 15/09/2017 - 19:38

O motorista Amarildo Fietz, 53 anos, passou por um grande susto na tarde desta quinta-feira (14). Ele foi rendido por um assaltante no estacionamento de uma restaurante na BR-280, em Guaramirim. “Eu tinha acabado de almoçar e estava na van separando umas fichas para as próximas entregas. Um cidadão chegou para mim e me cumprimentou. Ele disse pra eu ir para o banco do passageiro e que iria levar a van”, conta Fietz, ao explicar que achou que se tratava inicialmente de uma brincadeira. O utilitário, um Fiat Ducato, havia sido comprado pela empresa de embalagens há apenas 14 dias.

Depois de anunciar o assalto, o bandido mostrou um revólver calibre 32 para a vítima. “Ele disse para eu ficar de boa e sentar no banco do passageiro”, relembra o motorista. Toda a ação foi feita de forma calma e sem violência. Fietz lembra que o assaltante estava com um rádio comunicador. Através do aparelho, o criminoso se comunicava com um comparsa e recebia ordens de como proceder durante o crime. “Ele recebeu ordem para perguntar se tinha rastreador na van e, quando ele me perguntou, respondi que não sabia”, explica.

Foto: Divulgação

O assaltante e o comparsa se comunicavam o tempo todo através do rádio comunicador. Depois de sair do restaurante, o bandido e o motorista seguiram pelo interior até chegar na empresa Transpetro. De lá, eles entraram na Corticeira. “Ele disse que era foragido e que precisava pagar uma dívida. Uma hora ele disse: ‘não se preocupa. Eu quero o carro para ir para Curitiba e fazer uns bagulhos lá. Depois, a gente larga ele num canto’. Eu disse pra ele que estava preocupado se iria levar um tiro. Ele me disse que, seu eu cooperasse, não iria acontecer nada”, revela.

O outro bandido através de um comunicador para que o assaltante entrasse em um terreno que estava passando por terraplanagem no bairro Corticeira. Lá, o homem pediu que o motorista saísse da van. “Eu pedi para pegar o meu celular, pois haviam fotos da minha família. Ele tirou a bateria e me deu. Também pedi para pegar a minha carteira com os documentos. Desci do carro e fui para perto de uma grota”, rememora. O assaltante tirou abraçadeiras de nylon do calçado. Depois, amarrou os pés e as mãos do motorista.

“Eu disse: ‘cara, você não vai me dar um tiro e me deixar aqui, né’? E ele me respondeu: ‘fica calmo, porque eu só quero sair fora’. Eu deitei e fiquei no capim. Depois eu consegui soltar a mão direita. Eu fui até uma casa e consegui chamar a Polícia Militar. O dono de uma casa veio com uma faca e me ajudou a me soltar. Graças a Deus não aconteceu nada”, conta o motorista. A PM foi até o local e realizou rondas na região, mas nenhum suspeito foi preso.

Foto: Fábio Junkes/OCP