Equipes trabalham para minimizar danos causados por vazamento de combustível no rio Quati, em Guaramirim

Por: Claudio Costa

19/12/2017 - 09:12 - Atualizada em: 19/12/2017 - 18:13

Equipes de empresas terceirizadas e técnicos da Petrobras estavam na tarde de segunda-feira (18), no bairro Estrada Quati, em Guaramrim, para conter os danos causados por um furto de gasolina ocorrido em um oleoduto da Transpetro, subsidiária da Petrobras que cuida das atividades de transporte e armazenamento de combustíveis. Quatro caminhões de sucção, com capacidade para retirar 10 mil litros de resíduos cada, estavam na beira do rio Quati para fazer a retirada da gasolina que vazou da estrutura.

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De acordo com o gestor da Fundação do Meio Ambiente de Guaramirim, Jiuvani Assing, moradores contaram que um grande movimento de veículos e carretas, nunca visto antes no local, foi percebido durante a madrugada deste domingo (17). O bairro Estrada Quati tem acesso direto à BR-280, onde fica um terminal da Transpetro. Durante a manhã, um morador sentiu um forte odor de combustível e chamou a Petrobras para verificar a situação.

Ainda na manhã de domingo, técnicos da Petrobrás isolaram as imediações do oleoduto e avisaram as autoridades do Estado e do Município sobre o ocorrido. Jiuvani afirmou que o rio Quati abastece as arrozeiras das imediações. De acordo com ele, ainda é cedo para afirmar se houve danos às plantações, pois ainda é preciso saber se haviam bombas retirando água do rio no momento em que a gasolina atingiu o curso d`água. Uma grande quantidade de combustível foi retirada do local.

Equipes trabalharam para retirada da gasolina do rio Quati | Foto Cláudio Costa/OCP

De acordo com Jiuvani, em um dos pontos em que os ladrões de gasolina atuaram, estava instalado um mangote com dois registros. A mangueira estava soldada no oleoduto, que vem de São Francisco do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina, e tem como destino Araucária, no Paraná. Pelo menos outros dois furos foram descobertos posteriormente. Técnicos da Petrobras fazem a contenção da poluição e trabalhadores sugam a água contaminada com caminhões.

A empresa que cuida da retirada da água contaminada é de Curitiba, no Paraná, e trabalhou em um outro furto de combustíveis ocorrido neste ano em Itapoá, no Litoral Norte de Santa Catarina, no mês de maio. Do local, foram retirados 70 mil litros de resíduos. Ao todo, foram sete meses de trabalho para fazer a recuperação da área. Segundo informações colhidas no local, o furto que aconteceu neste domingo seria o segundo registrado no Estado.

Um técnico da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) foi até o local para prestar apoio técnico para as equipes, mas o órgão não repassou mais informações sobre o caso. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), órgão federal que fez o licenciamento ambiental do oleoduto, mas o jornal O Correio do Povo não conseguiu informações com o técnico designado para atender o incidente.

Apesar de ter uma assessora de imprensa no local do incidente, a Transpetro não passou mais informações sobre o que aconteceu na área do oleoduto. A redação do jornal O Correio do Povo realizou diversos contatos por telefone e e-mail, mas não houve retorno de informações sobre o que aconteceu no bairro Estrada Quati.

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Claudio Costa

Jornalista pós-graduado em investigação criminal e psicologia forense, marketing digital e pós-graduando em inteligência artificial.