Diarista precisa de ajuda para manter 180 cães em Jaraguá do Sul

Foto Eduardo Montecino/OCP

Por: OCP News Jaraguá do Sul

11/05/2017 - 11:05 - Atualizada em: 12/05/2017 - 01:21

Foto Eduardo Montecino/OCP
Reportagem de Ana Paula Gonçalves para o jornal O Correio do Povo.

Por amar demais os animais e se sentir no dever de resgatá-los de situações de maus-tratos e abandono, Maria Tereza de Oliveira, moradora do bairro Santo Antonio, em Jaraguá do Sul, vive uma situação dramática. Diarista, ela acumula dívidas e afirma que é hostilizada por vizinhos por abrigar mais de 50 cães em sua residência e em outra próxima, fato que incomoda os moradores.

Outros 130 cães abrigados por ela recebem cuidados numa chácara próxima à cidade, em espaço alugado. Há aproximadamente seis anos, Maria vive para tratar e dar uma existência digna aos animais que encontra nas mais diversas circunstâncias. “São situações tão tristes e chocantes que nem dá para imaginar. As pessoas amarram em árvores no meio do mato e deixam lá para morrer de fome e sede. Mutilam, colocam em sacos, jogam em buracos, abandonam a mãe com os filhotes. Vejo a dor deles e sinto como se fosse minha”, revela.

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Na casa de Maria e em outra próxima, mais de 50 animais são abrigados | Foto Eduardo Montecino/OCP

Tanto empenho em salvar esses cães fez com que a diarista investisse muito dinheiro em comida, vacinas, castração e outros cuidados. Maria corre o risco de perder o carro e de precisar sair da casa por parcelas atrasadas. “Moro de aluguel e tudo que eu tinha usei para manter os animais. Às vezes a conta ultrapassa os R$ 500 no mês. O aluguel da chácara custa mais de R$ 700 e no mês passado não consegui pagar. Tem dias que não tenho nem para comprar comida para eles. Fico tão triste que não consigo comer também”, diz.

Mesmo contando com uma rede de auxílio formada por profissionais da área, voluntários de abrigos e da comunidade, Maria afirma que está cada vez mais difícil mantê-los. “A minha missão só vai acabar quando as pessoas deixarem de jogar seus bichinhos na rua como se fossem lixo. O que aconteceria se eu simplesmente pegasse esses 180 cachorros e devolvesse para a rua? Tem gente que me diz que esse é um problema público, da Prefeitura. Outros, que eu criei meu próprio problema e tenho que resolver. As pessoas não entendem que, seja lá de quem for a culpa, não é dos animais. E é somente neles que eu penso”, ressalta.

Doações são bem-vindas

A situação precária levou voluntários a buscarem ajuda para Maria e um lar para parte dos cães. O auxílio pode ser em dinheiro, doação de ração e outros alimentos, ou ainda a adoção de animais. Contatos podem ser feitos pelo telefone (47) 9 9953-8771, também pelo Whatsapp, ou 3273-8302 Um evento de stand-up comedy com Fabiano Cambota, marcado para o próximo dia 10 de junho, na Scar, também destinará parte da renda à proteção animal.