Com informações do jornal O Correio do Povo.
Na contramão da realidade brasileira, onde apenas 50,3% dos habitantes têm acesso à coleta de esgoto, sendo 42,67% tratado, Jaraguá do Sul atende 80% da sua população com o serviço. Os dados do país são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgados em janeiro deste ano e referentes a 2015.
O índice local também destoa do Sul do país, onde o número é de 41,43%. Entre os estados da região, Santa Catarina possui os menores indicadores em coleta e tratamento do esgoto, com 19,44% e 24,32%, respectivamente. No começo de 2016, Jaraguá do Sul ainda estava com 57% da população atendida com o sistema. A elevação de 23% ocorreu com a inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro São Luís, em março do ano passado. Cerca de 10 mil novas ligações de esgoto foram feitas desde então.
O panorama positivo da cidade incentiva ainda mais a busca por melhorias e excelência no segmento, segundo o presidente do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), Ademir Izidoro. “Atingir os 100% é uma das metas para esses próximos quatro anos.
Possuímos mais de R$ 60 milhões em projetos para o saneamento, porém, precisamos buscar esses recursos”, salienta Izidoro. Os projetos devem ser apresentados ao Governo Federal em viagem do prefeito Antídio Lunelli à Brasília, no começo de março. Um dos objetivos do Samae, de acordo com o presidente, é instalar a rede de esgoto em bairros como o Jaraguá 84, Jaraguá 99, Três Rios do Norte e do Sul, Santa Luzia, João Pessoa e Centenário.
O ranking do SNIS lista a média das 100 maiores cidades brasileiras, mas, somente dez delas possuem atendimento acima dos 80%. A primeira colocada é Franca, no estado de São Paulo, oferecendo o serviço de rede de esgoto a 99,96% de seus moradores.
Em 2007, quando foi implantada a Lei Federal 11445/2007, estabelecendo que todos os municípios brasileiros tenham seu plano de saneamento básico, cerca de 42% da população era atendida pela coleta de esgoto, dos quais 32,5% eram tratados. O pequeno avanço confirma que ainda falta muito para o país universalizar o acesso aos quatro serviços de saneamento (água, esgotos, resíduos e drenagem).
