A 1º Vara Criminal de Joinville condenou a 30 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado, o casal Adriele Cristina Bordignon, 20 anos, e Jean Carlos Cardoso, 26 anos, por participação na morte do advogado Maurício Eduardo Rosskamp, 52 anos, no dia 20 de dezembro de 2018 no bairro Paranaguamirim, zona sul da cidade. Os condenados foram identificados após complexa investigação conduzida pela Delegacia de Homicídios.
Mesmo sem testemunhas ou relações social entre vítima e autores, a investigação da DH foi capaz de reconstruir os fatos que ocorreram na noite do crime e as circunstâncias que levaram a cruel execução de Maurício. Embora ao final da investigação tenha restado apurado que o crime teve motivações patrimoniais, a DH trabalhou com várias hipóteses na busca de autoria, prendendo os dois responsáveis diretos pelo crime.
A investigação apontou que Rosskamp foi vítima de latrocínio, crime confessado por Adriele em depoimento. A jovem afirmou que serviu de “isca”, na região central da cidade, para atrair o advogado. Depois, os outros três suspeitos abordaram a vítima e o levaram até às margens da rua Rio Velho, no bairro Paranaguamirim, onde Maurício foi morto a golpes de pedradas.
O grupo roubou cerca de R$ 500 em dinheiro, além da aliança e o celular do advogado. O carro de Rosskamp foi localizado incendiado no fim da rua Jacupiranga, no bairro Aventureiro.
Jean foi encontrado no dia 3 de janeiro em uma casa na rua Marlei da Silva, no bairro Paranaguamirim | Foto Arquivo
Adriele foi presa três dias após o crime e Jean foi encontrado no dia 3 de janeiro em uma casa na rua Marlei da Silva, no bairro Paranaguamirim. Dois acusados, Lucas Henrique Cardoso, 26 anos, e Gabrieli Gomes, 19 anos, continuam foragidos da Justiça.
Dois acusados, Lucas Henrique Cardoso, 26 anos, e Gabrieli Gomes, 19 anos, continuam foragidos da Justiça | Foto reprodução
Advogado e servidor na Câmara
Maurício era advogado concursado da Câmara de Vereadores de Joinville. Servidor da Câmara desde 1995, participou ativamente de importantes audiências públicas e discussões em reuniões de comissões técnicas, que resultaram em aprovações de leis como a LOT (Lei de Ordenamento Territorial), entre outras. “Sempre atuou com muita responsabilidade na análise de projetos de lei, especialmente na Comissão de Legislação e Justiça”, diz manifesto da Câmara.
Na noite anterior ao crime, o advogado participou de uma confraternização com os amigos de futebol, em uma recreativa do bairro Floresta. Todas as semanas ele se reunia com o mesmo grupo para bater uma bola naquele local, mas há alguns meses o peladeiro estava afastado do campo porque tinha machucado o pé. O advogado deixou o local por volta de meia-noite e seguiu para sua residência na região Central até ser interceptado.
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