Biólogos capturam cobra jararaca em monte de lenha no Garibaldi

Por: OCP News Jaraguá do Sul

21/09/2017 - 23:09 - Atualizada em: 21/09/2017 - 23:11

Biólogos da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) resgataram nesta semana uma serpente jararaca (Bothrops jararaca) de mais de um metro de comprimento, no meio de um monte lenha, em uma propriedade rural no bairro Garibaldi, na zona rural de Jaraguá do Sul. O animal foi capturado e foi solto novamente na natureza, em uma área segura e longe de residências.
A jararaca é peçonhenta e, segundo o biólogo da Fujama, Gilberto Duwe, dificilmente é encontrada neste tamanho. O biólogo aproveita para fazer um alerta à população sobre o aumento no número de casos deste tipo. “Com o aumento da temperatura, as serpentes ficam mais ativas e acabam, muitas vezes, se aproximando de residências para procurar alimento, como por exemplo ratos e camundongos”.

Biólogo Christian Rabock Lemke segura a jararaca com uma pinça, antes de devolvê-la à natureza, em área longe de moradias | Foto Divulgação/Fujama/OCP

Para a captura de cobras, o contato com a Fujama se dá por meio da Ouvidoria da Prefeitura (0800-642-0156). Com a proximidade do período de calor – quando os animais estão mais ativos, a Fujama disponibilizará um telefone de plantão. Os Bombeiros Voluntários de Jaraguá do Sul também podem ser chamados nestes casos, especialmente nos fins de semana, pelo 193.

SOBRE A JARARACA:
jararaca (Bothrops jararaca) é uma cobra venenosa comum em Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai e é considerada uma das mais perigosas da região. Segundo o Instituto Butantan, a jararaca é a causadora de cerca de 90% dos ataques de ofídios no Brasil e tem um veneno altamente letal.

De acordo com pesquisadores, o veneno da jararaca tem uma toxina conhecida como jararagina, que provoca hemorragias nas pessoas mordidas. Os novos estudos permitiram estabelecer que a toxina se fixa próxima aos vasos sanguíneos e compromete seu funcionamento, induzindo ao sangramento local.