“A verdade tem que vir à tona. Doa a quem doer”, diz ex-servidor que denunciou vereador

Por: OCP News Jaraguá do Sul

20/07/2017 - 19:07 - Atualizada em: 20/07/2017 - 19:31

“A verdade tem que vir à tona. Doa a quem doer”, destacou o professor Gleison da Silva Collares nesta quinta-feira (20), depois de ter sido ouvido na condição de denunciante pela Comissão Processante da Câmara de Vereadores de Jaraguá do Sul que investiga denúncia de que o vereador Arlindo Rincos (PSD) teria cobrado indevidamente na legislatura passada parte dos vencimentos do servidor comissionado indicado por ele para um cargo com salário médio de R$ 8 mil.

Além de Collares, outras quatro pessoas, todas ligadas ao quadro de servidores à época, foram ouvidas ao longo desta quinta-feira (20) pelos vereadores Marcelindo Gruner (PTB), presidente da comissão; Eugênio Juraszek (PP), relator; e Jaime Negherbon (PMDB), membro. Na foto,momento em que o ex-assessor de gabinete do vereador Rincos, Vitalício Ramos Wintrich, responde aos questionamentos dos vereadores.

“A comissão está sendo levada com muita seriedade. Vi que o presidente da comissão soube levar com muito pulso e seriedade. Senti que eu estava em um lugar onde eles estavam procurando por Justiça”, descreveu Collares. Ele reafirma sua denúncia e diz que se sentiu muito à vontade para responder a todos os questionamentos dos vereadores. “Tanto que até teve uma pergunta de cunho pessoal, que eles disseram que eu responderia se quisesse, e fiz questão de responder”.

À tarde, a assessoria da Câmara informou que, por nova deliberação da Comissão Processante, a fim de garantir o bom andamento dos trabalhos de oitivas, o material que está sendo gravado com os depoentes só será divulgado ao final de todos os depoimentos previstos e não antes, como havia sido informado inicialmente.

As oitivas, abertas para a imprensa devidamente credenciada, serão retomadas nesta sexta-feira (21), às 8h30, com previsão de nove depoimentos ao longo do dia. Cada oitiva tem um tempo estimado de 40 minutos, podendo encerrar antes.

O vereador Arlindo Rincos tem preferido se manter em silêncio. Ele já declarou, por meio de sua defesa, que as acusações são inverídicas. Ao sustentar pedido de nulidade do processo, sua defesa destaca que a legislação atual não considera para crimes de decoro parlamentar – do qual Rincos é acusado – atos que teriam sido praticados fora ou antes do exercício do mandato, apontando inclusive que há propostas de lei que buscam alterar tal redação.

DEPOIMENTOS DESTA QUINTA-FEIRA (20)

1- GLEISON DA SILVA COLLARES ( denunciante)

2- ELISABETE BERTOLI (Chefe de Gabinete)

3- MARIA DO CARMO DELGADO DE SOUZA (Gerente Geral da Câmara de Vereadores)

4- VITALÍCIO RAMOS WINTRICH (ex-assessor de gabinete de Arlindo Rincos)

5- DAYANE DA SILVA XAVIER SCHEITZER (ex-assessora de TI)