Deputados estaduais reagem à revogação dos decretos que facilitavam porte de armas

A revogação dos decretos que facilitavam a posse e o porte de armas de fogo e uso de munições pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), após pressão de senadores, foi tema de discussão na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, durante a sessão desta terça-feira (25).

Por maioria, o plenário da Alesc aprovou um requerimento para ser encaminhado ao Congresso Nacional. O documento pede para que os parlamentares que votaram a favor da sustação dos decretos “abram mão do porte para uso pessoal ou profissional, de segurança armada e também da escolta armada, a fim de que sua condição seja equiparada àquela imposta por eles ao resto da população.”

Para o autor do requerimento, o deputado Bruno Souza (sem partido), “o que votamos em plenário tem que ser levado para o nosso dia a dia”.

“Se as armas não servem para autodefesa, que abram mão dos seguranças armados e da sua polícia armada. Já que a população não pode ter acesso a sua autodefesa, através de armas de fogo, que também o Senado não o faça, já que negaram à população esse direito”, criticou.

Já os deputados Ivan Naatz (PV) e Fabiano da Luz (PT) reagiram à iniciativa. “Não posso atestar um troço desses, com todo respeito ao trabalho dos deputados. A Assembleia manda um ofício para o Senado desarmar, quando nossa Casa trabalha com funcionários armados, o governador tem sua segurança armada”, comentou Naatz.

“Acredito que nossa função não é enviar ofícios para os deputados e senadores sobre o porte de armas. Deveríamos discutir mais sobre a Bíblia e Jesus do que armas e resolver tudo na bala, como se quer fazer nos dias de hoje”, completou Luz.

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