Voluntários formam grupo para realizar ações de solidariedade

Por: OCP News Jaraguá do Sul

05/07/2017 - 11:07 - Atualizada em: 05/07/2017 - 11:29

Por Dyovana Koiwaski

Estender a mão ao próximo e doar algumas horas do dia para amparar quem precisa fazia parte da rotina das integrantes, antes mesmo da formação do grupo Mãos Solidárias em março deste ano. As cerca de 30 voluntárias, mulheres em sua maioria, ainda eram estranhas umas para as outras quando tiveram seus caminhos cruzados em prol do bem.

Todas estavam dedicadas às campanhas de arrecadação organizadas para o menino joinvilense Jonatas Openkoski, que precisava juntar cerca de R$ 3 milhões para fazer um tratamento com medicamento importado. Nos eventos, o público questionava como poderia fazer mais doações e quais seriam as próximas ações do grupo. “Realizamos três bazares pela causa no município e os resultados foram muito satisfatórios, nos motivando a continuar”, conta a integrante Katherine Carvalho.

As mulheres decidiram seguir com o trabalho pela comunidade. “O prazer de poder estar ajudando alguém é maior do que qualquer incômodo que possamos ter”, observa a voluntária Andreia da Silva. Como principal propósito, o grupo estabeleceu ajudar crianças que sofrem com necessidades especiais.

“Quando começamos, não tínhamos noção de quantos bebês e crianças estão nessa situação em Jaraguá, esperando por diagnósticos e tratamentos caros, que em grande parte das vezes, suas famílias não possuem condições de pagar”, explica a voluntária Joselita Telles.

Antes de organizar os eventos solidários, as mulheres do grupo conversam com as famílias que procuram pelo auxílio para conhecer a história, além de pesquisar sobre os casos que são relatados.

Café arrecada recursos para tratamento de três crianças

O próximo evento que está sendo organizado pelo grupo Mãos Solidárias é um café beneficente com prêmios, no dia 15 de julho. Todo o valor arrecadado será revertido para Ana Beatriz, Eloah Ostwald e Miguel Gorges.

As crianças têm em comum o fato de estarem gravemente doentes e necessitarem de tratamentos ou diagnósticos que só podem ser obtidos com exames caros. De acordo com a voluntária Priscila Barbosa, o objetivo do grupo é juntar pelo menos R$ 10 mil para dividir entre os três casos.

A mãe de Eloah, Vanessa Nagel, enfatiza que está muito feliz em poder contar com o apoio do grupo. “É muito difícil receber essas ajudas espontâneas e são elas que fazem toda a diferença”, ressalta.

Vanessa relata que a família está em Porto Alegre aguardando por uma compatibilidade para transplante de fígado.“A Eloah está inchada e tem sangramentos constantes. Pediram-nos para vir pra cá, mas ela não foi internada. Enquanto isso, estamos pagando um hotel para ficar”, diz a mãe.

No café, serão comercializados bolos, salgados, cucas, doces, pastéis, cachorro-quente e bebidas. Também haverá o sorteio de brindes. Quem for também pode levar um quilo de alimento não perecível, mas não é obrigatório.

Quem vai receber ajuda?

Ana Beatriz

Tem quatro anos, passou por cirurgia de artrodese de coluna em outubro de 2016. Porém, desde o início do ano vem apresentando rejeição em relação ao tratamento. A criança precisa fazer um segundo procedimento com urgência porque corre o risco de perder os movimentos. O plano de saúde da família não cobre os custos do neurocirurgião que precisa acompanhar a cirurgia.

Eloah

Com apenas dois anos, foi diagnosticada com torosinemia, uma doença genética que causa cirrose hepática. A menina já realizou seis biópsias, além de outros tratamentos em hospitais. Hoje, ela precisa manter uma dieta especial à base de uma proteína natural que custa em média R$ 1,8 mil por lata. Eloah consome cerca de três latas dessas mensalmente. A restrição alimentar permanece até a criança conseguir um transplante de fígado.

Miguel

Com apenas dois anos, foi diagnosticada com torosinemia, uma doença genética que causa cirrose hepática. A menina já realizou seis biópsias, além de outros tratamentos em hospitais. Hoje, ela precisa manter uma dieta especial à base de uma proteína natural que custa em média R$ 1,8 mil por lata. Eloah consome cerca de três latas dessas mensalmente. A restrição alimentar permanece até a criança conseguir um transplante de fígado.