Usina do Bracinho, em Schroeder, pode receber planetário ou observatório astronômico do IFSC

Por: OCP News Jaraguá do Sul

28/09/2017 - 09:09

Observatório astronômico ou um planetário. Um desses projetos pode ser levado pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) à Usina do Bracinho, em Schroeder, município do Vale do Itapocu, no Norte catarinense. Segundo a diretora de Defesa Civil do município, Tania Dantas, em agosto ocorreu a primeira reunião na sede da Prefeitura, com representantes da Celesc Geração S/A. e uma comitiva do IFSC para tratar do assunto. A ideia surgiu a partir de uma conversa informal entre o prefeito de Schroeder, Osvaldo Jurk, Tania e o professor de matemática do instituto, Elson Quil Cardozo, sobre as possibilidades para um maior aproveitamento do espaço e recursos da usina.

“O IFSC ficou de encaminhar carta de intenção para decidir, e a Celesc e o município de evoluir para um protocolo de intenções”, declara Tania Dantas. Uma visita técnica para avaliação do local foi fei na semana passada.

“Criou-se uma expectativa com o município, que articulou vínculo com a Celesc Geração”, revela Tania. A diretora afirma que a estatal de energia elétrica também manifestou aprovação pela possibilidade de ter  mais “presença humana no Bracinho, por causa dos vandalismos e furtos”. Outra possibilidade é a usina ser aberta dentro do viés do turismo ecológico, com proposta de facilidade de acesso e revitalização do espaço.

Estatal de energia elétrica manifestou aprovação pela possibilidade de ter  mais “presença humana no Bracinho”, disse a diretora de Defesa Civil de Schroeder | Foto Arquivo/OCP

O diretor geral do IFSC de Jaraguá do Sul, campus Centro, Jaison Vieira da Maia, confirma que a visita técnica teve a presença de quatro professores e foi capitaneada pelo físico Luís Fernando Moreski, especialista em geodésia. Segundo ele, a possibilidade de implantação de um observatório está praticamente descartada, pelo fato do primeiro salto da usina ser cercado de montanhas e vegetação. Outro fator é a dificuldade de transportar alunos até o local, já que o vagonete usado pela Celesc está desativado. Mas uma carta de intenções deve ser enviada, segundo ele, “no decorrer da próxima semana”.

Jaison considera mais viável a implantação de um planetário móvel e um projeto maior envolvendo estudos astronômicos na região.  Ele explica que o planetário é uma cúpula móvel que também poderia ser levado às escolas, sem depender de condição climática, geográfica e de acesso. Ele estima que o investimento para um planetário deve oscilar entre R$ 80 mil e R$ 150 mil, que podem ser captados através de projeto conjunto, em editais federais e estaduais.

Ainda segundo o diretor Jaison da Maia, outro fator de interesse da instituição é passar a desenvolver trabalhos e estágios para os cursos de engenharia elétrica na usina.

*Reportagem de Sônia Pillon