Temperaturas altas reforçam cuidado com Aedes aegypti em Jaraguá do Sul

Foto Arquivo OCP News

Por: Elissandro Sutil

26/09/2018 - 05:09

Até semana passada, Jaraguá do Sul já contabilizava 41 focos do mosquito Aedes aegypti e cinco casos suspeitos para a dengue com resultado negativo.

São quatro casos a mais do que em 2017 passado, quando no ano inteiro foram registrados 37 focos. O número elevado é um alerta, principalmente com a chegada da primavera e temperaturas mais altas.

De acordo com o gerente de vigilância epidemiológica, Robynson Leandro Braga, a Secretaria de Saúde tem 636 pontos sendo monitorados na cidade.

O acompanhamento é feito em todos os bairros, mas é intensificado nos que ficam no trajeto de entrada e saída do município, onde o número de focos é maior. São eles: Ilha da Figueira, Vieiras, Estrada Nova e Água Verde.

Apenas na Ilha da Figueira, já foram encontrados 23 focos do Aedes aegypti. Mesmo com as várias notificações de focos, nenhum caso foi confirmado para dengue, chikungunya ou zika vírus, tanto neste ano como em 2017.

Os últimos registros de dengue em Jaraguá ocorreram em 2016. Os sete casos eram autóctones, ou seja, foram contraídos em outras cidades. “Os focos vêm crescendo ano após ano, mas sem contaminação das pessoas”, comenta Braga.

O gerente de vigilância epidemiológica orienta que as pessoas fiquem atentas aos locais que podem acumular água, como vasilhas, vasos de flores e recipientes de comida para os animais de estimação.

“É comum os agentes chegarem nas residências e ver potes com água embaixo e acúmulo de lixo. A larva se desenvolve muito rápido e gosta de água limpa. Aquela translúcida, que às vezes o cachorro não tomou, por exemplo. Em águas paradas nas valas, que empossaram, é mais difícil o desenvolvimento do mosquito”, relata Braga.

Em novembro, a Secretaria de Saúde lança a campanha de combate a dengue em Jaraguá do Sul. As ações ainda estão sendo programadas e em breve devem ser divulgadas para a população.

Entre dezembro de 2017 e setembro deste ano, Santa Catarina também registrou um crescimento de 44,3% em relação aos focos. Ao todo, 74 municípios já são considerados infestados pelo mosquito, incluindo Joinville.

Criadouros

Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada, domiciliares e peridomiciliares.

Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso.

A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.

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