Dentre muitas coisas que passamos a identificar durante a pandemia, uma das mais permanentes é a importância de possui um lar confortável e completo. Durante o período de quarentena, casas e apartamento se tornaram o universo exclusivos de muitas famílias. Dentro de casa, os quarenteners tiveram muito tempo para identificar e reavaliar melhor seus cômodos, objetos e móveis do lar.
Com a situação cotidiana reformulada, investimento em viagens parados por tempo indeterminado surgiu uma nova necessidade de investimento, reformar! O resultado é que nunca antes no país se investiu tanto em melhorias domésticas.
O setor que engloba construção, arquitetura e decoração teve em 2020 um dos seus anos mais surpreendentes. No início da crise, a Câmera Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), chegou a prever um escolhimento de 11% do setor, mas em dezembro, diante da demanda inesperada a projeção recuou 2,8%, em pleno avanço foram criados mais de 140 000 postos de trabalho na área. E a expectativa é que o setor se mantenha aquecido até o final desde ano, com uma subida de 4%, a maior da década.
Outra pesquisa do grupo Consumoteca, uma consultoria voltada para padrões de consumo, cultura e inovação, mostrou que 55% das pessoas de maior aquisitivo no Brasil fizeram alguma mudança na casa durante a quarentena. Mas não apenas a classe A reformou, 39% das famílias de classe C também mexeram na moradia.
O cômodo que mais recebeu atenção foi o escritório. Um espaço que em muitas casas se quer existia antes da pandemia. Poucas pessoas tinham um local exclusivo para o home office, e só perceberam a necessidade quando bateu à porta. Em segundo lugar, empatadas estão as reformas de cozinhas e salas.
Segundo especialistas, a relação das pessoas com a sua casa nunca mais será a mesma de antes da quarentena. Durante o isolamento as famílias passaram a valorizar o conforto e a segurança do lar de outra forma. A mudança tem sido motivo de comemoração entre lojistas da área de materiais de construção, que vê o setor despontar entre um dos mais aquecidos e com falta de matéria-prima disponível, devido o tamanho da demanda. Mas segundo o nicho de mercado, o fornecimento de matéria- prima deve entrar novamente nos eixos até dezembro de 2021.
