Secretarias regionais de Jaraguá do Sul e Joinville discutem gestão integrada do lixo

Por: Elissandro Sutil

05/10/2017 - 14:10 - Atualizada em: 05/10/2017 - 14:39

A destinação e a gestão de resíduos sólidos são tema de reunião que será realizada nesta quinta-feira (5), em Guaramirim, entre os membros dos conselhos das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) de Jaraguá do Sul e Joinville, no Norte catarinense. Prefeitos, presidentes de Câmaras, representantes da sociedade civil organizada e membros dos conselhos se reúnem na sede da Associação Empresarial de Guaramirim (Aciag), às 14 horas.

A reunião conjunta para iniciar a discussão dos resíduos sólidos ocorreu porque os secretários regionais observaram que os municípios estão tomando iniciativas individuais sobre a gestão do lixo, quando o problema é comum e os municípios têm estudado a terceirização do serviço ou aderindo a consórcios.
Na região, Jaraguá do Sul definiu que até 2019 a gestão do lixo produzido no município deverá ser feita por empresa privada, por concessão. Um dos motivos apontados é o alto custo do serviço, que por mês gera uma despesa aproximada de R$ 1,2 milhão para o transporte dos resíduos ao aterro de Mafra. Além disso, anualmente há um déficit de cerca de R$ 3 milhões por conta da inadimplência de usuários que não pagam a taxa de coleta.
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Em Guaramirim, a administração municipal deve protocolar na próxima semana, na Câmara de Vereadores, projeto de lei autorizando a instalação de uma usina de processamento no município. O prefeito Luís Chiodini (PP) informa que a Serrana, atual responsável pelo serviço na cidade, tem interesse na instalação da estrutura, já tendo adquirido terreno próximo ao condomínio industrial, no bairro Caixa d’Água.
Conforme a ADR, a reunião deve servir para que os municípios discutam maneiras de se fazer a gestão regional e integrada dos resíduos com demais municípios da região, o que diminuiria as desvantagens do modelo regional para as cidades pequenas.
A instalação da usina em Guaramirim é uma proposta que o prefeito do município levará à reunião, já que é preciso haver a demanda do serviço para que ele seja viável. “Claro que estamos pensando na arrecadação municipal, na mão de obra (gerada) e retorno de ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) a Guaramirim, mas não é só isso, a intenção também é diminuir os custos do serviço (para a gestão pública), o que reflete também para o contribuinte”, afirma Chiodini.