Saiba como evitar doenças respiratórias em crianças durante o inverno

Por: Gustavo Luzzani

20/07/2020 - 16:07 - Atualizada em: 20/07/2020 - 17:10

Estamos oficialmente no inverno. E quem tem filhos pequenos em casa sabe que a estação mais fria do ano é conhecida pelo aumento das infecções respiratórias nas crianças.

O período é propício para os resfriados, gripes, infecções de ouvido e garganta, sinusites, pneumonias e asmas. Muitas vezes, essas infecções podem levar às internações hospitalares.

Para saber mais sobre o assunto o pediatra do Hospital e Maternidade Jaraguá, o Dr. Rodrigo Ferreira de Souza explica porque os casos crescem tanto nesta época do ano e, como é possível evitar tais complicações.

Confira a entrevista

Por que as doenças respiratórias afetam mais as crianças durante o inverno?

Pediatra: A queda das temperaturas nesta época do ano, a baixa da umidade e o aumento da poluição atmosférica propicia uma maior proliferação dos “bichinhos” que causam as doenças respiratórias, que são os vírus e as bactérias.

O frio faz com que as pessoas fiquem em ambientes mais fechados e com menor circulação do ar, ficamos mais confinados e próximos uns dos outros.

Tudo isso associado ao sistema imunológico mais imaturo, ainda em formação nas crianças, gera um ambiente favorável para os “bichinhos” se proliferarem, contaminarem os organismos e se desenvolverem dentro das crianças levando ao maior número de doenças respiratórias. Por que a gente fala que o inverno é crítico?

Ele é crítico tanto para a saúde das crianças, quanto é crítico para o sistema de saúde. Isso acontece porque as crianças têm mais sintomas e precisam usar mais os serviços de saúde.

Com isso, os nossos hospitais acabam ficando mais cheios e, então, as doenças de inverno se tornam sérias tanto para as pessoas que adoecem quanto para o nosso sistema de saúde como um todo.

Como é possível evitar as doenças respiratórias infantis?

Pediatra: A prevenção ainda é o melhor remédio. E como se costuma dizer na medicina, após a água potável, as vacinas são o melhor meio de se prevenir doenças infecciosas.

Além de permitirem uma infância saudável, as vacinas também permitem um envelhecimento saudável e com melhor qualidade de vida para todos nós.

Além disso, as mamães devem aproveitar o leite materno, que também é uma forma natural de combater doenças, inclusive as respiratórias. Por isso, nós que somos pediatras, sempre incentivamos o aleitamento materno.

Foto Divulgação/Hospital e Maternidade Jaraguá

Vale lembrar que ele não vem com prazo de validade. A mãe pode amamentar, indiscriminadamente, pelo tempo que lhe for permitido.

Pelo menos até os 6 meses, de forma exclusiva, e a partir dali até os 2 anos de idade ou mais. Vale reforçar a importância do uso de máscara, limpeza das mãos com água e sabão ou álcool em gel e sempre o cuidado do distanciamento social, sobretudo, de pessoas com doença respiratória.

Diante de algum sintoma, o ideal é que os cuidadores da criança como pais, tios, avós e babás, de preferência, evitem o contato com ela. Mas, se for inevitável, que não deixe de usar a máscara e higienizar bem as mãos.

O uso do sorinho nasal, tão bem conhecido dos pais, ajuda o umidificar e limpar a via nasal impedindo que as bactérias e vírus se fixem no narizinho da criança e acabem penetrando na via respiratória causando essas doenças.

Qual conselho você daria aos pais que estão com receio de sair de casa para vacinar as crianças?

Pediatra: Nesse período de pandemia as pessoas estão ficando mais em casa, existe um certo receio. Eu diria aos pais que não tenham esse medo. Façam as vacinas de seus filhos. Mantenham as cadernetas de vacinas atualizadas.

Felizmente, aqui na nossa região, a área da infância não tem sido acometida pela Covid-19 de forma grave, embora existam crianças contaminadas.

Mas todas as outras doenças respiratórias continuam acontecendo e, algumas delas, podem ter as suas complicações prevenidas por vacinas. Por exemplo, quando eu faço uma vacina antipneumocócica, eu protejo da pneumonia-pneumocócica, da meningite-pneumocócica.

Quando eu faço uma vacina de proteção contra a meningite, eu estou prevenindo da grave complicação desta doença.

Quando eu faço uma vacina contra o sarampo e a poliomielite, evito essas doenças que podem deixar sequelas para o resto da vida de uma pessoa, modificando o curso da sua vida e, muitas vezes, chegando até a ser fatal.

Então, é muito importante que pais e mães tenham a responsabilidade de manter a vacina dos seus filhos atualizada.

*Fonte: Assessoria Hospital e Maternidade Jaraguá

 

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