Procura por academias e atividades físicas crescem no mês de janeiro em Jaraguá do Sul

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Elissandro Sutil

17/01/2019 - 08:01 - Atualizada em: 17/01/2019 - 08:46

Nas listas de desejos feitos na virada do ano, a meta de começar uma atividade física está entre as mais frequentes. O resultado é visível nas academias logo nos primeiros dias de janeiro. Novas matrículas são feitas praticamente todos os dias e os antigos alunos voltam cada vez mais cedo para a rotina de exercícios.

Instrutor de uma academia em Jaraguá do Sul, Anderson Signoretti garante que a diferença é perceptível em janeiro. Segundo ele, há um aumento de pelo menos 30% na procura por matrículas no primeiro mês do ano em comparação aos outros.

A academia tradicional, conforme Signoretti, continua entre as opções com maior demanda pelo fator de ter horários flexíveis e proporcionar maior autonomia ao aluno.

O instrutor destaca que nesta época, o principal objetivo dos novos usuários é perder peso. O ganho de massa muscular também está entre os desejos dos alunos.

Apesar da motivação inicial, muitas pessoas acabam perdendo a empolgação com o passar dos meses e abandonam a rotina saudável. Signoretti diz que neste processo, a paciência é fundamental.

“A diferença não é imediata, é a regularidade que leva aos resultados. Precisa ter disciplina e determinação também, além dos cuidados com a alimentação”, orienta.

Ana Luisa Ronchi Ersching é uma das jaraguaenses que não demorou muito para voltar à academia após as festas de fim de ano. Ela frequenta o estabelecimento há nove meses. “Comecei a fazer pela saúde e condicionamento físico principalmente, mas também, por causa da estética”, comenta.

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Para Ana, o bom de praticar atividades físicas é evoluir cada vez mais e ver os resultados do seu esforço para melhorar.

Como manter regularidade de exercícios

Com tantas opções de atividades físicas atualmente, é difícil não encontrar uma que se adapte aos seus gostos e horários. Esta é uma das principais considerações da profissional de educação física Heloisa Drabzinski, que dá aulas de treino funcional e pilates durante a semana.

Ela avalia que alguns anos atrás, a demanda por exercícios em janeiro era fraca, já que muitos deixavam para voltar à rotina apenas em fevereiro. Entretanto, nos últimos anos o número de pessoas procurando por academias em janeiro só está aumentando.

“Isso vem geralmente da promessa de começar uma atividade no ano novo”, enfatiza Heloisa. De acordo com a profissional, cerca de 70% dos alunos retornaram no primeiro dia de atividades, que foi na terça-feira (15). Muitas matrículas novas também foram registradas.

“As pessoas estão levando os exercícios mais como qualidade de vida do que algo estético. É uma questão de saúde, então preciso me preocupar com isso já em janeiro, não dá pra deixar para depois ou ir apenas quando der. Você tem que fazer porque está cuidando da saúde, então é um hábito, assim como tomar banho e escovar os dentes”, aponta Heloisa.

A profissional destaca a importância de programar o dia de uma forma que sobre tempo para as atividades. Segundo ela, dentre as razões que fazem as pessoas desistirem dos exercícios é a desestimulação. Heloisa orienta que os alunos não “façam academia porque tem que fazer”.

“Faça algo que goste. Se você gosta, você vai e os resultados começam a aparecer. Caso contrário, qualquer coisa é motivo para desistir”, explica.

A companhia de amigos é outro fator que pode motivar na hora de praticar exercícios. Heloisa dá a dica de verificar onde as pessoas que você conhece estão indo para fazer as atividades. Conforme a profissional, os locais ao ar livre são uma boa pedida.

Alguns dos mais procurados pelos jaraguaenses são o Parque Malwee, o Ginásio Arthur Müller e a Arena Jaraguá. Além da corrida, os locais são frequentados para os treinos funcionais.

Heloisa, que dá aulas de funcional em uma academia, explica que a atividade, junto ao crossfit, são as grandes tendências do momento por serem práticas dinâmicas e que trabalham todo o corpo.

“Nenhuma aula é igual a outra. Os alunos têm gostado disso porque não é aquela repetição. Dá para adaptar às diferentes idades, limitações e necessidades da pessoa”, observa.

 

Quer receber as notícias no WhatsApp?