Uma nova contaminação no Rio Itapocuzinho voltou a prejudicar o abastecimento de água aos 40 mil habitantes de Guaramirim. O despejo de poluentes por indústrias têxtil e metalúrgica de Jaraguá do Sul interrompeu a capacitação na manhã de ontem (3), conforme a Águas de Guaramirim.
Segundo o diretor da autarquia Osni Romeu Denker, o problema acontece quando chove, o que faz com que os materiais desçam, ou nos fins de semana quando as empresas despejam ferro, manganês e zinco. “Nos últimos 15 dias não tivemos problema nenhum, mas uma vez, em uma semana quatro vezes o sistema de água foi interrompido”, relata.
Nessas situações, os moradores ficam sem água durante o dia inteiro, já que leva cerca de cinco horas para que todo o sistema volte a funcionar normalmente após a paralisação. Ainda é preciso fazer uma limpeza antes de começar o bombeamento para as residências. Denker disse que as reclamações são frequentes. “Não posso deixar as bombas captando e jogar água para as pessoas tomarem sem saber se vai prejudicar ou não”, enfatiza.
O diretor afirma que os órgãos responsáveis pela fiscalização das empresas, como Fatma (Fundação do Meio Ambiente) e Fujama (Fundação Jaraguaense do Meio Ambiente) já foram comunicados.
O presidente da Fujama, Leocádio Neves e Silva, disse que um município não pode interferir. “Fizemos as vistorias com frequência nas empresas de Jaraguá do Sul que são de nossa competência, e não identificamos nenhuma irregularidade”, explicou. No escritório da Fatma não houve resposta sobre o problema.
