Polícia Federal realiza ação da Operação Fugu em Jaraguá do Sul

Por: OCP News Jaraguá do Sul

16/05/2017 - 13:05 - Atualizada em: 16/05/2017 - 18:26

Foto EBC/Divulgação

A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta terça-feira (16), a Operação Fugu, que tem como objetivo investigar supostas irregularidades na superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Santa Catarina. Em Jaraguá do Sul, dez agentes da PF cumprem mandado de busca e apreensão em uma empresa suspeita de importar pescados adulterados da China.

Além de Jaraguá do Sul, os policiais federais realizam ações em Florianópolis, Blumenau, Itajaí, São José, Navegantes e Balneário Camboriú. De acordo com o delegado-chefe da Delegacia da Polícia Federal de Itajaí, Maurício Todeschini, 110 agentes federais cumprem 37 mandados – 20 de busca e apreensão, 12 de busca pessoal e cinco de afastamento da atividade pública. Todos os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Itajaí.

O grupo investigado pela Polícia Federal é acusado de proteger empresas do ramo alimentício e perseguir servidores com atuação na área de fiscalização, mediante a instauração de procedimentos disciplinares e remoções infundadas. A investigação começou no setor de pescados da região do Vale do Itajaí. Os policiais encontraram documentos indicativos de proteção ilícita de duas grandes empresas contra a implantação de medidas cautelares determinadas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa no Distrito Federal.

Pescados adulterados

Durante a investigação, os policiais federais verificaram que estas e outras empresas introduziram no mercado pescados importados da China, das espécies panga, merluza e polaca do Alasca. O produto era adulterado quimicamente através de oversoaking. A adulteração consistia na adição de água e produtos químicos no interior dos pescados, o que, entre outros efeitos, elevava o peso dos produtos.

A suspeita é de que as importações dos pescados eram desviadas por entrepostos frigoríficos de Itajaí não relacionados à área, para que não passassem por uma nova inspeção. Com conivência de servidor público, os produtos ingressavam mais facilmente no país.

Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, prevaricação, importação, venda e entrega de produto alimentício adulterado/falsificado/alterado destinado a consumo, crimes contra o direito do consumidor, denunciação caluniosa, constrangimento ilegal, ameaça e falso testemunho.