[VÍDEO] O “fenômeno” Paula Pimenta chega à Feira do Livro

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Meus livros não têm nada de irreal e acho que esse é o segredo: a identificação”. Sem uma receita pronta e apenas traduzindo as experiências da adolescência, a autora Paula Pimenta conquista leitores desde 2001, principalmente o público infantojuvenil. A mineira tem encontro marcado na tarde de hoje, na Feira do Livro.

Com mais de um milhão de livros vendidos, Paula é considerada uma das maiores escritoras brasileiras. Conhecida por assinar as séries de livros “Fazendo Meu Filme” e “Minha Vida Fora de Série”, além de outras obras, a autora fala, em entrevista ao jornal O Correio do Povo, um pouco sobre sua carreira, a relação com os jovens leitores e com o processo criativo.

O Correio do Povo: Como iniciou sua relação com a literatura?
Paula Pimenta: Minha mãe sempre lia muito para mim quando eu era criança, então fui crescendo com essa paixão. Quando aprendi a ler, nunca mais parei, aos sete anos até ganhei um prêmio na escola por ser a aluna que mais gostava de ler. Começar a escrever foi natural, pois acho que quem lê muito geralmente escreve bem. E, por ser muito tímida, sempre me expressei bem melhor escrevendo do que falando.

Como é escrever para o público infantojuvenil?
É maravilhoso, pois os adolescentes vibram, dão retorno imediato, são sinceros. Quando gostam de uma história, eles abraçam o livro, dão risada, choram. E me contam tudo isso! Aliás, foi exatamente pelo fato da minha adolescência ter sido assim, tão intensa e marcante, que eu comecei a escrever livros com protagonistas adolescentes, eu queria relembrar daquela fase da minha vida. A surpresa foi atingir também os jovens de hoje. Quando comecei eu imaginava que apenas as minhas amigas iriam gostar, ao se lembrarem da nossa época de escola.

Como é saber que seus livros contribuem para o surgimento de novos leitores?
É emocionante! Todos os dias recebo mensagens de leitores dizendo que odiavam ler até terem contato com os meus livros e que agora leem de tudo. É muito gratificante saber que estou contribuindo para que tantas crianças e adolescentes tomem gosto pela leitura.

Quais são os temas que você busca trazer em suas obras e qual acredita ser o “segredo” para tamanho sucesso?
Sempre exploro temas que fazem parte do cotidiano dos adolescentes. Meus livros não têm nada de irreal e acho que esse é o segredo: a identificação. Ao ler minhas histórias os adolescentes sentem que estão lendo a história de uma amiga próxima ou que as aventuras vividas pelos meus personagens são parecidas com a que eles mesmos estão vivenciando.

Como é a relação entre ser uma autora tão vendida em todo o país e seu processo de escrita?
A maior pressão vem dos próprios leitores. Por eles eu lançava um livro novo a cada mês, mas procuro mostrar que para o livro ser bem escrito, preciso fazer isso com bastante calma e inspiração. Nas poucas vezes que tentei acelerar para atender a expectativa tanto dos leitores quanto das editoras, vi que eu estava ficando muito ansiosa e que isso atrapalhava muito o processo. Então, atualmente eu levo o tempo que for preciso até considerar a história perfeita.

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