Nono Martini, de Guaramirim, completa 100 anos esbanjando saúde

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

17/06/2021 - 15:06 - Atualizada em: 21/06/2021 - 09:04

O morador de Guaramirim, Ludovico Martini, o Nono Martini como é conhecido, completou ontem (17) um centenário de vida. Nono Martini é casado há 72 anos com dona Erondina, de 89 anos, com quem formou uma grande família, composta de sete filhos, onze netos e nove bisnetos.

Nascido em 1921 em Luiz Alves, Nono Martini é o filho mais velho de uma família de 11 irmãos, dos quais cinco ainda estão vivos.

Foto: Arquivo Pessoal

Filho de pais italianos, Ludovico passou por uma infância difícil. Frequentou a escola somente por dois anos, pois precisava trabalhar para ajudar a família no engenho de melado.

A família também produzia a cana-de-açúcar para a fabricação da cachaça e foi desse jeito que os Martini e outras famílias de lá ajudaram a transformar Luiz Alves na Capital Nacional desta bebida.

Quando fez 18 anos, Ludovico serviu ao Exército por dois anos em Imbituba, no Sul do Estado, na defesa da costa brasileira, no início da Segunda Guerra Mundial.

Dez anos mais tarde, aos 28 anos, ele se casou com o amor da sua vida, Erondina. O casal se mudou para uma pequena casa alugada no Primeiro Braço, em Massaranduba. Ele lembra que a mudança cabia toda em um saco de trigo.

Na época, Erondida levou junto uma vaquinha que tinha ganhado de sua mãe, que ajudaria na criação dos cinco filhos do casal.

A vida nunca foi fácil. Com o falecimento do pai, José Martini, em 1956, Ludovico e a família voltaram para Luiz Alves para cuidar da mãe, Adalgisa Martini. Naquela época, não tinha energia elétrica e tudo era feito a mão.

Com o passar do tempo, em 1959, seu Ludovico, junto com a esposa e os filhos, se mudaram para Guaramirim, cidade onde moram até hoje. No município começaram a plantação de banana e criação de porcos, o que foi por muito tempo essencial para o sustento da família.

A horta e o jogo de cartas

Até os 95 anos, Nono Martini trabalhou no mercado de um dos filhos e diariamente ainda pega na enxada para cuidar do quintal de casa. Devoto fiel de nossa Senhora Aparecida, não perde uma missa e reza todos os dias o terço, acompanhado sempre da Nona Erondina, que tem 89 anos.

Entre as distrações preferidas de seu Ludovico está os jogos de cartas. Em 1966 aprendeu canastra e nunca mais deixou de jogar. Atualmente ele prefere a tranca. Cada final de semana ele e a esposa passam com um dos sete filhos e aproveitam para jogar. Para o casal de idosos, a canastra ajuda no raciocínio, mantendo a lucidez.

 

Foto: Arquivo Pessoal

Para a família e os amigos, a vida do Nono Martini é uma dádiva divina. Ele é considerado um exemplo de trabalho, amor e dedicação à família.

Foto: Arquivo Pessoal