Morte de jovens diminui expectativa de vida no Brasil

Por: OCP News Jaraguá do Sul

03/12/2016 - 11:12 - Atualizada em: 03/12/2016 - 11:18

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a mortalidade de jovens por causas externas, como acidentes de trânsito e violência, é o principal fator para diminuir a expectativa de vida no Brasil em relação a países desenvolvidos. Os dados apontam que as chances de um homem morrer entre 20 a 24 anos são 4,5 vezes maiores que as de uma mulher na mesma idade.

Segundo o IBGE, o fenômeno é comum em países que passaram por um rápido processo de urbanização e formação de metrópoles, como o Brasil. “A maior parte das mortes por violência e em acidentes de trânsito está concentrada entre os homens”, declarou em entrevista o pesquisador Márcio Minamiguchi, autor do estudo.

Segundo o responsável pelo setor de trânsito do 14° Batalhão de Jaraguá do Sul, tenente Antônio Benda, o cenário no município não é diferente. “É compatível nosso cenário com o que o IBGE propõe. A gente vê que isso ocorre, pois, o jovem no espirito aventureiro e desbravador busca ultrapassar os limites das regras de convivência. Muitos desrespeitam as regras e se sentem bem com isso, mas ao mesmo tempo, geram um grande risco para a própria vida, sem medir as consequências” afirmou.

Conforme Benda, a solução para essa situação é mistura de fiscalização e ações educativas para conscientização.

Ainda segundo o estudo, outras situações diminuem a expectativa, como fatores biológicos, comportamentais e até mesmo sociais. Os homens também teriam maior tendência ao alcoolismo, tabagismo, consumo maior de calorias e são mais sujeitos a dirigir em alta velocidade.

A expectativa de vida de um brasileiro nascido em 2015 é de 75 anos, cinco meses e 26 dias, o que representa um ganho de cerca de três meses em relação a 2014 e de 30 anos na comparação com 1940. A distância entre o Brasil e países desenvolvidos na expectativa de vida não se explica apenas por esses fatos. Dados como a mortalidade infantil e o acesso à saúde pela população idosa mostram que a diferença se estende ao longo de todas as faixas etárias.

O ritmo de crescimento da esperança de vida ao nascer no Brasil continua mais rápido que o da média de países desenvolvidos. O país ganha aproximadamente três anos a cada década, e as nações mais ricas têm acréscimos de dois a dois e meio.