Manifestação reúne mais de 60 motoristas de vans e micro-ônibus em Jaraguá do Sul

Foto Adilson Amorim/OCP News

Por: Gustavo Luzzani

25/06/2020 - 17:06 - Atualizada em: 26/06/2020 - 13:08

Um total de 52 vans e 14 micro-ônibus de Jaraguá do Sul percorreram as ruas centrais do município nesta quinta-feira (25) em forma de protesto por conta de prejuízos sofridos pela atividade decorrentes da pandemia do novo coronavírus. A carreata teve início na Sociedade Cultura Artística (Scar), por volta das 10h30.

Um dos organizadores da manifestação Adir Morel, afirma que o principal motivo da carreata foi a questão das vistorias que motoristas de vans escolares e universitárias precisam fazer durante o ano. Eles realizaram uma em janeiro deste ano que vencerá em julho.

“Teremos que fazer outra para ir até dezembro. Queremos a prorrogação dessas taxas municipais”, reivindica.

Foto Adilson Amorim/OCP News

A Prefeitura de Jaraguá do Sul deve realizar um levantamento de quantas vans estão cadastradas e quais taxas e impostos estão inseridos no fretamento. Também será verificado quantos veículos não precisam pagar por esse período para depois verificar a possibilidade legal para atender aos pedidos da categoria.

Alguns vereadores do Município estiveram presentes no manifesto e disseram que pretendem interceder nas demandas solicitadas.

Pagamento das mensalidades

Em março, com as aulas presenciais suspensas em sua faculdade em Joinville, uma estudante jaraguaense, que prefere não se identificar, parou de utilizar o transporte de van. Mesmo assim, no começo da quarentena, ela conta que seu motorista continuou cobrando o valor total da mensalidade.

“Após eu questionar diversas vezes sobre ter que estar pagando esse valor ele me deu desconto de 50 reais”, conta.

Porém, ela acredita que o ideal seria ele não cobrar nada já que ela pagou a mensalidade alguns meses mesmo sem o motorista estar prestando serviços a ela. Ela também explica que, como os motoristas trabalham de forma autônoma, pode ocorrer imprevistos.”Dessa forma cada motorista deveria ter um “plano B” quando esses imprevistos ocorrem”, sugeriu a estudante.

Adir Morel conta que reduziu sua mensalidade logo que iniciou a quarentena e hoje está cobrando 50% do valor total para aqueles que aceitaram. Ele explica que as pessoas que não quiserem pagar podem cancelar o contrato a qualquer momento. O estudante somente não terá mais sua vaga disponível.

“Nós mantemos o seguro e as taxas em vigência. Todas as burocracias com os estados e municípios continuam. Quando os motoristas fazem melhorias na van em janeiro, geralmente parcelam o valor contando com a contribuições dos alunos”, expõe.

Morel completa dizendo que se as aulas não voltarem no começo do segundo semestre, certamente os motoristas vão cancelar o contrato com os estudantes, já que dificilmente as pessoas continuaram pagando muito tempo sem precisar de locomoção.

Veja a reportagem da OCP TV:

 

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