Filha de casal que fugiu da guerra na Ucrânia nasce em SC

Foto: Redes Sociais/ Reprodução

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

24/06/2022 - 13:06 - Atualizada em: 24/06/2022 - 13:17

Um casal de refugiado da guerra na Ucrânia teve o nascimento da primeira filha na madrugada desta quinta-feira (23) em Florianópolis. De Kiev, Alina e Oleg Mihalevich chegaram ao Brasil no início de maio, quando a mulher estava com 32 semanas de gestação. A guerra entre Ucrânia e Rússia completa quatro meses nesta sexta-feira (24) e a Rússia tenta ‘possível vitória’. As informações são do g1.

O casal, que não tem familiares nem amigos aqui no Brasil, procurou por um médico que concluísse o pré-natal da Olívia em segurança. Quem os acompanhou durante o fim da gestação foi o obstetra Diego Di Marco.

“Quando que eu poderia imaginar que uma guerra ocorrendo a milhares de quilômetros iria impactar diretamente na minha vida profissional?”, escreveu o médico.

Durante o tempo das consultas até a chegada do parto, o casal teve o acompanhamento de uma tradutora de russo, língua que é fluente do casal. Segundo o médico, o casal também domina ucraniano e consegue se comunicar em inglês.

Quando Alina chegou no Brasil, elogiou a capital de Santa Catarina, mas comentou da saudade que tem da Ucrânia e da vontade de voltar “a qualquer momento quando essa guerra horrível acabar”.

Foto: Redes sociais/Divulgação

Sobre o parto

Segundo o médico, o parto normal era um desejo da família, mas que, por causa da falta de dilatação da gestante, isso quase não foi possível.

“Até que, após um passeio no shopping, o colo abriu, e viemos internar. Dali pra frente, tudo foi muito rápido e, em pouco mais de 3 horas, a Olívia chegou ao mundo com saúde, para a felicidade de todos!” – escreveu em uma rede social.

“O parto foi lindo”.

Na internet o pai da criança divulgou a novidade para os seguidores e contou que a pequena nasceu com 3,462 kg e 48 cm.

“Já te adoramos, nosso universo”, complementou Oleg.

O parto ocorreu ocorreu em uma maternidade na região continental de Florianópolis. O motivo segundo o médico foi porque o único cartório da região que aceita fazer o registro de refugiados que não têm documentos traduzidos e juramentados fica no Estreito. O casal moram no bairro Ingleses, no Norte da Ilha.