Há quatro anos, dezenas de artesões, colecionadores e comerciantes tem uma mesma rotina, sempre repleta de otimismo e oportunidades. Todo segundo domingo de cada mês, eles acordam cedo, alguns antes das 5 horas da manhã. Com muito carinho e cuidado, arrumam as mercadorias no carro, vans, Kombi, carregam suas tendas, e partem para o mesmo destino: a rua do Príncipe, bem no coração de Joinville.
Com sol ou chuva, após muitos vai-e-vem, as tendas são erguidas uma ao lado da outra, e as mercadorias expostas. Vitrines do que Joinville faz de melhor a céu aberto, e ao alcance da população. Assim é formada a Feira do Príncipe que hoje já se consolidou como um espaço de oportunidades de negócios, turismo, cultura e lazer.
Silaba da Silva, 34 anos, é uma das expositoras que está há mais tempo na feira. Há cerca de sete anos, ela trabalha exclusivamente com artesanato, produzindo e estilizando laços e assessórios de cabelo. O gosto pelos frufrus decorativos surgiu após o nascimento da filha.
“Eu queria comprar estes lacinhos para ela, mas achava muito caro. Não tinha condições, então comecei a fazer em casa. Vi que conseguia produzir os laços com custo mais acessível. Os amigos começaram a gostar e hoje a produção e venda, o artesanato, se tonou minha profissão”, contou Silaba, neste domingo (14), à Rede OCP News.
Os produtos comercializados por ela na Feira do Príncipe são acessíveis. Não ultrapassam os R$ 15, mesmo assim, em dias de muito movimento, as vendas chegam a R$ 800.
“Faço outras feiras na cidade, mas a Feira do Príncipe se tornou meu carro chefe. É assim para os demais colegas que também expõem aqui. Quando não tem a feira, ou ela é cancelada, todos ficamos muito tristes. As vendas são relativas. Teve um dia das mães que deixei minha filha em casa e vim pra cá, e não vendi nem R$ 100. Foi bem triste. Mas tem meses que as vendas são ótimas e o lucro ultrapassa os R$ 800”, destacou.
Outro ponto positivo da Feira, na opinião dos artesões, é o baixo valor que cada expositor paga para participar. Ele é de R$ 4,50 por feira. “Os custos são baixos, então sempre vale muito a pena estar por aqui”, concluiu Silaba.
As belezas da Maria da Madeira
Maria da Madeira, é assim que Maria José Souza de Jesus, 46, é conhecida na Feira do Príncipe. Ela e o marido, Osvaldo Amim de Jesus filho, 50, também estão na feira desde a primeira edição, lá em 9 de março de 2016.
“Estar aqui é muito bom, podemos mostrar nossa arte, vendê-la, e ainda fazer muitas amizades e contatos profissionais. Eu e meu esposo adoramos. A Feira do Príncipe é muito rica em cultura, é um convite ao turismo e a valorização do artesanato local, isto é muito gratificante para nós”, revelou.
Neste domingo, a Feira do Príncipe, que geralmente é realizada na rua do Príncipe, foi deslocada para rua das Palmeiras, devido à obras na região. Mesmo assim, quem visitou o espaço pela primeira vez aprovou.
É o caso do paranaense Luciano Barão de Souza, 43. Ele está deixando Curitiba para viver em Joinville, e gostou do que viu por aqui.
“Ouvi a divulgação da feira no rádio e resolvi vir conhecer. Gostei bastante, é legal porque fomenta o lazer e pode se transformar em um grande instrumento turístico da cidade”, finaliza.
Você sabia?
- A Feira do Príncipe foi lançada no dia 9 de março de 2014, em comemoração ao aniversário de 163 anos de Joinville;
- O objetivo era retomar as feiras populares que aconteciam na cidade, até a década de 1980;
- Atualmente ela recebe cerca de três mil pessoas, movimentando aproximadamente R$ 30 mil em comercialização de produtos, oferecidos pelos 90 (noventa) expositores.
Anote aí as datas das próximas edições da feira
Maio – Especial Dia das Mães
05/05/19
Junho
09/06/19
Julho – Especial Festival de Dança de Joinville
21/07/19
Agosto – Especial Dia dos Pais
04/08/19
Setembro
08/09/19
Outubro
13/10/19
Novembro
10/11/19
Dezembro – Especial de Natal
01/12/19
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