Escola de Florianópolis faz alunos viverem experiências de inclusão social

Alunos passaram por experiências vividas dia a dia pelos deficientes | Foto Divulgação/PM

Por: Ewaldo Willerding Neto

26/08/2018 - 06:08

A Escola Básica Municipal Osmar Cunha, localizada em Canasvieiras, sabe a importância de fomentar ações inclusivas dentro e fora da unidade. Todos os anos é promovido a semana da pessoa com deficiência, onde atividades, palestras e vídeos são passados para os estudantes a fim de conscientizá-los.

Durante esta semana que passou, a garotada do 1º ao 9º ano passou pelas mesmas situações que um deficiente enfrenta. Com a participação dos professores de educação física, jogos como futebol vendado, golbol, vôlei sentado, jogo de bocha e caminhada com os olhos vendados fizeram parte das atividades físicas dos estudantes.

Para o secretário Maurício Fernandes Pereira, ex-conselheiro titular do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, é importante que a comunidade escolar debata sobre o tema, para que propostas e melhorias sejam realizadas para atender todos os estudantes, visando a inclusão das crianças dentro e consequentemente fora do ambiente escolar.

Foto Divulgação/PM

Atleta-guia

Você sabe o que é um atleta-guia? O atletismo paralímpico é praticado por atletas com deficiência visual ou física. Os atletas-guia orientam a direção dos competidores com limitações de grau mais avançado na visão. O guia tem um papel importante nas competições e treinos, já que sua função é ser os olhos do seu parceiro.

Heitor Sales, atleta-guia, marcou presença no evento escolar. O esportista participou das paraolimpíadas, e contou para as crianças a experiência, além de estimular o debate sobre inclusão nos esportes.

Outro convidado especial conversou com a garotada. Ricardo Pimenta é formando em educação física, professor e doutorando na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ele ensinou para os estudantes as técnicas de golbol. Pimenta atua em programas de atividades físicas adaptadas para crianças com deficiência.

 

A garotada também assistiu, e jogou, basquete sobre cadeiras de rodas. A equipe da Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (AFLODEF) fez uma dinâmica com os estudantes.

Sala multimeios

Outras atividades foram desenvolvidas a fim de conscientizar a comunidade escolar. Murais foram confeccionados para divulgar a sala multimeios e a sua importância para o aprendizado de estudantes com deficiência. Vídeos informativos sobre o tema “respeito às diferenças” foram reproduzidos para os estudantes do 1º ao 9º ano.

A rede municipal de ensino conta com 31 espaços constituídos de mobiliários, materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e equipamentos específicos.

O objetivo das salas multimeios é fornecer um atendimento educacional especializado para as quase 900 estudantes com deficiência visual, auditiva, intelectual, motora, física ou múltipla, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Altas Habilidades/Superdotação.

Foto Divulgação/PM

A semana foi encerrada neste sábado. Pais e professores realizaram conversas e dinâmicas desenvolvidas a fim de conscientizar a comunidade escolar. Vídeos com depoimentos de pessoas com deficiências físicas, autismo e síndrome de Down foram reproduzidos para os pais.

Ao final, todos vivenciaram, ao menos por alguns dias, as dificuldades e experiência por que passam as pessoas com deficiências intelectual e múltipla.

 

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