Emocionante: Jaraguaense reencontra irmã que não via há 18 anos

Lucas tem única foto com os dois juntos | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Gustavo Luzzani

30/08/2018 - 16:08 - Atualizada em: 31/08/2018 - 15:22

O dia 4 de agosto de 2018 vai ficar marcado para sempre na vida de Tatiane Tavares, 25 anos, e Lucas Miotto Prates, 21 anos. Pois foi naquele sábado que a mineira, de Teófilo Otoni, conseguiu localizar o irmão caçula, que não via desde 2000.

A história começou quando o pai de Tatiane, Izequiel Tavares, 55 anos, saiu do interior de Minas Gerais e partiu rumo a Santa Catarina, onde conheceu Dilce Miotto, 50 anos. Com ela, Izequiel teve um filho, o Lucas. Após se separar do marido, a mulher e o filho seguiram a Jaraguá do Sul, com destino final em Corupá.

O tempo foi passando e a curiosidade em encontrar o irmão despertava em Tatiane. A mineira procurou várias vezes a mãe de Lucas na lista telefônica, mas faltava coragem na hora de ligar. “Tinha muitos números e eu sempre achava que as pessoas iriam me achar louca”, expressa.

Tatiane não sabia mais como encontrar o irmão | Foto Reprodução/Facebook

Com o surgimento das redes sociais, ela tentou procura-lo pelo sobrenome do pai, mas não sabia se era aquele que Lucas usava e, na realidade, não era mesmo. “Estava difícil, mas sempre tinha um dia que eu ficava entusiasmada em acha-lo”, conta.

Porém, após buscas e mais buscas, Tatiane conseguiu encontrar um meio de comunicação na cidade onde achava que Lucas ainda residia: O Correio do Povo. Após a jovem relatar sua história, publicada nas páginas do jornal, não demorou muito para chegar até Lucas.

Apenas uma hora depois da matéria ir ao ar, Dilce recebeu diversas mensagens de que seu filho estava sendo procurado por uma mulher de Minas. Ela falou com Tatiane e passou o telefone de Lucas.

No mesmo momento que entrava em contato com o irmão, um temor pairava por sua cabeça. “Eu estava com medo, pensava que ele não queria falar comigo”, relata.

O primeiro contato

“Oi, é a Tatiane”. Essas foram as primeiras palavras da irmã, que entrou em contato com um sentimento de incerteza. Apenas duas palavras foram suficiente para transformar o medo em uma imensa felicidade: “Minha irmã”, exaltou Lucas.

E assim foi o começo de uma relação entre irmãos que parecia ter começado antes daquele 4 de agosto. “É engraçado, porquê parece que sempre estivemos grudados”, acentua Lucas.

Lucas estava trabalhando quando soube da procura da irmã | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Após trocar as primeiras palavras, os dois não pararam de se comunicar. Todos os dias trocam mensagens para conhecer um pouco mais de seus gostos, cidades e cultura em geral. “Procuramos semelhanças para entender de quem herdamos o cabelo e demais coisas”, frisa Tatiane.

Os dois têm apenas uma foto juntos, tirada no Natal de 2000, quando Lucas foi com seus pais para Minas Gerais. Mesmo tendo na época apenas 3 anos recém completados, ele recordava de flashes de sua irmã, que tinha 7 anos.

“Quando ela veio falar comigo fiquei chocado e alegre ao mesmo tempo. Nunca esperamos que isso pode acontecer com a gente”, lembra.

A data para a segunda foto entre eles ser tirada, algo que só deve acontecer em 2019, já está marcado. O catarinense vai deixar Corupá em direção a Minas Gerais para ver o casamento de Tatiane. Como ele trabalha todos os dias e as férias dos dois não combinam, o encontro não pode acontecer antes.

Foto de Lucas e Tatiane no Natal de 2000 | Foto Arquivo Pessoal

Emoção no reencontro

Mesmo sem conhecer o irmão caçula, Tatiane falava para todos que tinha dois irmãos mais novos, incluindo Lucas. Ainda que por anos estivesse procurando por ele, a mineira não achava que o encontraria.

“Vemos as coisas acontecendo na TV toda semana, mas não se damos conta que pode acontecer com conosco”, explica.

O entusiasmo também fez parte de Lucas no reencontro. Sabendo que tinha uma irmã, ele não imaginava como poderia procurá-la, o que foi afastando seu sentimento de que poderia acontecer esse reencontro. “Eu não imaginava que esse dia poderia chegar, é um momento único”, relata.

Como qualquer relação entre irmãos, está sempre permitido “pegar no pé” um do outro. E essas brincadeiras sadias acontecem entre Tatiane e Lucas, como uma forma de estreitar uma ligação que foi quebrada e retornou intacta, mais forte do que nunca.

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