Doenças cardiovasculares e diabetes são as principais comorbidades entre vítimas da Covid-19 em Jaraguá do Sul

Foto Freepik

Por: Natália Trentini

13/08/2020 - 05:08 - Atualizada em: 13/08/2020 - 08:49

Pessoas com doença cardiovascular foram as principais vítimas da Covid-19 em Jaraguá do Sul. Dos 20 óbitos registrados no município até na quarta-feira (12), 75% tinham a cardiopatia, sendo as mais comuns a pressão alta e hipertensão.

Na sequência, aparece a diabetes mellitus como comorbidade mais frequente, atingindo metade dos casos fatais.

Como muitas dessas pessoas tinham mais do que uma doença, a listagem de doenças crônicas divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde vai além do número de óbitos registrado.

 

 

O médico Rodrigo Ferreira de Souza, membro do Comitê Extraordinário Covid-19 e presidente da Associação médica de Jaraguá do Sul, comenta que essas duas doenças debilitam partes do corpo que são muito afetadas pelo coronavírus.

“Em relação à doença cardiovascular pode-se entender pressão alta e hipertensão. São doenças que machucam as artérias, as veias, por dentro”, exemplifica.

“Como o vírus leva a processos inflamatórios nas veias quem já tem artérias inflamadas ao longo de uma vida pela doença, quando é acometido pela Covid, a formação de trombos são mais frequentes”, explica.

Foto Studio OCP

Da mesma forma a diabetes age debilitando a saúde cardiovascular. A patologia resulta num descontrole nos níveis de açúcar no sangue, que, com a incapacidade de produzir e usar insulina, gera um estado de inflamação.

Muitas pessoas acabam tendo as duas doenças.

Nas pessoas da terceira idade, com mais de 60 anos, a junção dessas doenças crônicas se tornar ainda mais perigosa pelo corpo estar há muito tempo sofrendo as consequências dessas comorbidades.

Outra condição recorrente entre os óbitos foi a obesidade, com três casos – com a doença pulmonar e asma, também com três casos cada.

O acúmulo de gordura no organismo aumenta o risco de doenças como hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, por exemplo, o que torna a condição ainda mais crítica.

“Além dos fatores genéticos, são hábitos e costumes de vida. A pessoa que tem vida sedentária, não pratica exercícios, que não tem alimentação regrada, pessoas com colesterol alto, triglicerídeos, fumantes, pessoas com abuso de álcool ou que fazem uso inadequado de medicação”, decorre o médico sobre fatores que levam a essas comorbidades.

Tem doença crônica? Busque tratamento

As orientações para manter hábitos de vida saudáveis sempre estiveram na rotina do sistema de saúde, mas Souza revela que o alerta fica ainda mais importante diante da pandemia.

Pessoas que possuem doenças crônicas precisam ter cuidados redobrados com a Covid-19, mas, além disso, precisam estar em dia com o tratamento.

“O organismo, quando mais equilibrado está, mais probabilidade de a pessoa não ter um quadro grave e se recuperar”, ressalta.

Manter a medicação adequada, com avaliação médica periódica, é fundamental para manter as doenças crônica controladas. Além de ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos.

“É preciso manter os olhos abertos para a doença não tomar conta”, finaliza.

 

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