A Europa voltou a ser o epicentro da pandemia da Covid-19, o que fez alguns governos cogitarem decretar lockdown antes do Natal.
O Velho Continente é o responsável por mais da metade da média mundial de infecções nos últimos sete dias e registrou quase a metade das mortes mais recentes, segundo a Reuters. Isso representa os níveis mais altos desde abril de 2020, quando o vírus começou a se alastrar na Itália.
O contratempo chega quando as campanhas de vacinação bem-sucedidas atingem um bom nível antes dos meses do intenso inverno europeu e da temporada de gripe.
Aproximadamente 65% da população do Espaço Econômico Europeu (EEE), que inclui União Europeia, Islândia, Liechtenstein e Noruega, foi vacinada com as duas doses, segunda a UE, mas o ritmo diminuiu nos últimos meses.
Os países no sul europeu vacinaram cerca de 80% da população, mas o centro e Leste da Europa está atrasando o avanço da imunização, causando surtos que podem sobrecarregar os sistemas de saúde.
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As hospitalizações e as mortes diminuíram muito em comparação com 2020, mas as constantes mudanças nos decretos, uso de vacinas e medidas como distanciamento social tornam difícil chegar a conclusões a respeito de toda a região.
A combinação do baixo índice de vacinação, imunidade em queda entre os primeiros vacinados e um relaxamento com máscaras e distanciamento quando os governos afrouxaram as restrições no verão é suspeita de ser a culpada pelo atual momento enfrentando pela Europa, afirmam virologistas à Reuters.
O relatório mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a semana encerrada em 7 de novembro aponta que a Europa, foi o único continente a registrar aumento de casos em 7%, enquanto outros continentes apresentaram queda nos casos ou estabilizaram.
O estudo também apontou um aumento de 10% de mortes na Europa, enquanto outras regiões mostraram recuos.
