Cinco casos de hanseníase foram diagnosticados em Jaraguá em 2017

Por: OCP News Jaraguá do Sul

26/01/2018 - 11:01 - Atualizada em: 26/01/2018 - 15:42

Cinco casos de hanseníase foram diagnosticados em Jaraguá do Sul em 2017, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde. O Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase será lembrado no próximo domingo (28).

Em Santa Catarina, várias ações são desenvolvidas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica com os municípios, no sentido de prevenir, conscientizar e alertar a população sobre os sinais e sintomas da doença, mobilizar os profissionais de saúde para a busca ativa de novos casos, realização de exames dos contatos e promover atividades de educação em saúde que estimulem a prevenção das incapacidades físicas e favoreçam a redução do estigma e preconceito.

Outro fator importante neste período é alertar para a importância do diagnóstico precoce para prevenção das incapacidades físicas e do tratamento da doença. “Aqui no município de Jaraguá do Sul, o diagnóstico é feito por médico dermatologista na Policlínica de Especialidades, porém, ao perceber um dos sinais e sintomas a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima”, alerta a Gerente de Vigilância Epidemiológica, Fabiane da Silva Ananias.

De acordo com dados divulgados nesta semana pela DIVE, Santa Catarina é um estado considerado como de média endemicidade pelo Ministério da Saúde (MS), e diagnosticou 146 novos casos de hanseníase em 2016, com taxa de detecção de 2,1 casos por 100 mil habitantes. No mesmo ano, o percentual de cura de novos casos foi de 92,6% e 77,4% dos contatos domiciliares dessas pessoas foram examinados. Do total de novos casos notificados, 18,2% apresentaram grau 2 de incapacidade física, percentual considerado alto e que sugere diagnóstico tardio e sérias incapacidades físicas.

Sobre a Hanseníase

Doença causada pelo Mycobacterium Leprae, transmitida pelas vias aéreas superiores e contato direto e prolongado com o doente sem tratamento. Entre os principais sintomas, que podem demorar de 2 a 7 anos para se manifestar, estão as manchas na pele com alterações de cor e de sensibilidade (a pessoa pode se queimar ou cortar sem sentir dor), dormência, queda de pelos e o comprometimento de nervos periféricos podendo provocar incapacidades físicas que podem evoluir para deformidades.

O diagnóstico e tratamento são gratuitos, oferecidos pelo SUS com a administração de um coquetel de antibióticos via oral, cujas doses e tempo variam conforme a classificação da doença (Paucibacilar-PB ou Multibacilar-MB). O paciente deve tomar uma dose mensal da Unidade de Saúde (dose supervisionada) e as demais serão autoadministradas (pelo paciente em sua moradia). Devem-se adotar, ao mesmo tempo, cuidados com olhos, mãos e pés para prevenção de incapacidades. Pessoas que convivem com o doente também devem ser examinadas. A hanseníase é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional e de investigação obrigatória.