Atendimentos não emergenciais são 57% da demanda do hospital São José

Por: OCP News Jaraguá do Sul

23/05/2017 - 06:05 - Atualizada em: 23/05/2017 - 16:44

Por Dyovana Koiwaski

Nos primeiros quatro meses do ano, o número de atendimentos não urgentes e ambulatoriais no Hospital São José chegou a 57%. São casos que poderiam ser verificados nas unidades de saúde ou de pronto atendimento e acabam aumentando a demanda no hospital.

Em média, mais de seis mil pacientes passam pelo pronto socorro do São José por mês, entre eles estão moradores dos cinco municípios da microrregião e até mesmo de outras cidades catarinenses. Por dia, conforme a coordenadora de enfermagem, Fábia Regina Schaefer, são mais de 250 pessoas atendidas. O número ultrapassa 300 nas segundas e terças-feiras.

O elevado fluxo de pacientes à espera da consulta resulta em um tempo maior de espera. “É necessário conscientizar a população sobre quando e em quais condições ir ao pronto socorro. Os fatos emergenciais vêm crescendo nos últimos meses, como os acidentes de trânsito, e eles demandam tempo da nossa clínica. Com isso, o período aguardando pelo atendimento pode ser ainda maior”, analisa Fábia.

Os casos são classificados conforme protocolo de gravidade, podendo ser vermelho, quando o atendimento é emergencial; amarelo para as pessoas em situação de urgência, cuja consulta deve ser feita em até 40 minutos; verde para os que necessitam de observação médica, mas não apresentam risco imediato e tem até duas horas para ser atendidos e azul para pacientes sem urgência e que podem procurar pela assistência nas unidades de saúde.

A equipe do pronto socorro conta com três médicos plantonistas e um ortopedista. Segundo o gerente assistencial Renan Sagrilo, o maior movimento é registrado entre as 7h e 14h, horário que as unidades de saúde estão abertas para atender situações de dores crônicas, resfriados, efetuar curativos e outros serviços disponibilizados na rede de atenção básica.

“São casos que merecem atenção, no entanto, não são emergenciais e possibilitam um tempo hábil para o cidadão procurar o atendimento correto. No caso de agravamentos, a unidade encaminhará o caso para o hospital”, enfatiza Sagrilo.

O que o pronto socorro não faz:
Troca de atestado, renovação de receita médica, abertura ou preenchimento de CAT (Comunicação Acidente de Trabalho) e encaminhamentos de cirurgias eletivas.

Quando não se deve procurar o pronto socorro:
Retirada de pontos, troca de curativos, febre abaixo dos 39,5°C, resfriado, dor de ouvido ou de garganta, vômito, diarreia e dores crônicas devem ser encaminhadas primeiramente às unidades de saúde ou de pronto atendimento.

Quando procurar o pronto socorro:
Casos de traumas recentes, cólica renal, febre muito alta, cortes, esmagamentos, acidentes de trânsito, pacientes oncológicos com dor, pessoas iniciando tratamento de quimioterapia, troca de sonda para alimentação, dores agudas fortes, pós-crise convulsiva ou durante, quedas de altura, mal súbito, paralisias, dificuldade na fala, afogamentos, intoxicação alimentar, queimaduras, lesões esportivas, dificuldade respiratória, como ataque de asma, pneumonia e outras situações de emergência.

Atendimentos no primeiro quadrimestre:
Atendimentos de Emergência (vermelho) 2%
Atendimentos de Urgência (Amarelo) 41%
Atendimentos Não Urgentes (Verde) 32%
Atendimentos Ambulatoriais (Azul) 25%