Um dia após a condenação de Robinho a nove anos de prisão, a mulher albanesa, que foi vítima de violência sexual de grupo cometida pelo jogador e seu amigo Ricardo Falco, se pronunciou pela primeira vez.
Em entrevista ao UOL, ela fez um pedido as mulheres que passam pelo mesmo problema. “Mulheres, denunciem, não tenham medo de seus agressores porque diante de cada agressor há outras dez pessoas boas prontas a te ajudar: um amigo, um familiar, um policial competente, um juiz, mas, sobretudo, a Justiça”, disse.
Apesar da condenação, a albanesa, que não quis se identificar, declarou que a dor do crime jamais será esquecida.
“Mesmo que ela (Justiça) não seja totalmente reconfortante, porque nunca pagará a dor, a raiva ou fará você voltar a ser a pessoa que era antes, a Justiça será reconfortante para outra mulher. Uma mulher que pode ser nossa mãe, nossa amiga, nossa irmã ou nossa filha. Só denunciando podemos evitar que isso volte a acontecer”, afirmou.
Robinho e Falco foram condenados pela Corte de Cassação da Itália, última instância do judiciário do país. Ou seja, não cabe mais recurso.
Porém, eles não serão presos imediatamente, já que a Constituição de 1988 proíbe a extradição de brasileiros.
O risco de serem presos passa por eventuais viagens ao exterior ou um pedido da Itália à justiça brasileira para que eles cumpram as penas em uma penitenciária brasileira.
O crime aconteceu na madrugada de 22 a 23 de janeiro de 2013, numa boate de Milão chamada Sio Café, na época em que o brasileiro atuava pelo Milan.
A vítima diz que foi embriagada e abusada sexualmente por seis homens enquanto estava inconsciente. Além de Robinho e Falco, outros quatro brasileiros, segundo a denúncia da Procuradoria da cidade, participaram da violência sexual.
Em depoimento, em abril de 2014, Robinho negou a acusação. Ele admitiu que manteve relação sexual com a vítima, mas disse que foi uma relação consensual de sexo oral e sem outros envolvidos.
A primeira condenação do jogador foi em 2017, época em que jogava no Atlético-MG. Depois, ele passou pelos turcos Sivasspor e Istambul Basaksehir.
Em outubro de 2020, Robinho chegou a ser anunciado pelo Santos, mas após a grande repercussão pelo caso de estupro, o clube rompeu contrato.
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