Voluntários de Jaraguá do Sul: Elisabete quer espalhar semente de felicidade e amor

Elisabete vê no voluntariado uma maneira de fomentar o amor entre as pessoas | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Gustavo Luzzani

02/08/2018 - 16:08 - Atualizada em: 02/08/2018 - 16:13

“O Essencial é invisível aos olhos, só se vê bem com o coração”, essa frase do livro ‘O Pequeno Príncipe’ é o que move a vida de Elisabete Aparecida Schmelzer, de 52 anos. Nascida em Rio dos Cedros, ela veio aos seis anos espalhar amor em Jaraguá do Sul, mas precisamente no bairro Santa Luzia.

Quando pequena, Elisabete trocava as brincadeiras de criança por outras atividades nada comum para uma menina de 7 anos.

Ela adorava varrer, lavar os tachos da merenda, sempre se colocando a disposição para ajudar e ver tudo mais bonito. Na igreja, era coroinha, e assim foi amando ser voluntária, sem mesmo saber o que isso significava.

A felicidade de Elisabete é ver outras pessoas felizes e ajudar sem importar quem está do outro lado. Seguindo nessa linha, ela fundou o Grupo da Terceira Idade Girassol, com sua “mestra”, como a define Edir Otilia Demarche.

O grupo começou com seis idosos e hoje é o sinônimo de alegria para a comunidade de Santa Luzia. “Todos dizem que isso não pode acabar, por quê é a única alegria deles”, conta a voluntária.

Nesses 20 anos, as histórias são marcantes, as alegrias incomparáveis e a gratidão do tamanho do coração de Elisabete.

Ela se emociona até hoje quando lembra da primeira vez que saiu com eles, foi há 18 anos, na Schützenfest, em uma época que Santa Luzia não tinha quase nada e as pessoas do bairro não mantinham conexão com o resto da cidade.

Com um sorriso estampado no rosto, uma idosa tomou sorvete e em seguida disse que foi o primeiro que ela experimentou na vida. “Esses momentos são marcantes e não tem preço. Fazer o bem é uma bola de neve sem fim”, destaca Elisabete.

Trabalho de dedicação

Todas as pessoas que sempre pediram ajuda e apoio para Elisabete, foram recebidas com um sorriso e um sonoro “sim”. Mas ela tenta se antecipar aos pedidos e busca se prontificar para ajudá-los.

“Ser voluntário não é aquela pessoa que faz tudo, mas sim aquela que se oferece para fazer tudo”, explica.

Um estímulo para os idosos e que ela conseguiu implantar na vida deles, foi os brinquedos educativos produzidos pela Hergg, de seu amigo Gerd Startz, de 50 anos. No início houve resistência, mas aos poucos eles buscaram aprender e viram que não era apenas um jogo.

Voluntária acredita que os idosos precisam de estímulos | Foto Eduardo Montecino/OCP News

Voluntária acredita que os idosos precisam de estímulos | Foto Eduardo Montecino/OCP News

“Ele estimula a atenção, concentração e raciocínio”, conta Elisabete. Hoje, os idosos do Grupo Girassol não querem saber de bingo, mas sim dos jogos educativos.

Elisabete não esconde o amor por Jaraguá do Sul e diz que não trocaria a cidade por nada. Ela conta que todo seu trabalho como voluntária é para ajudar sua comunidade e município. “Nós plantamos a sementinha do bem aqui em Santa Luzia para florescer na cidade inteira”, relata.

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