Quem são as mulheres que deram nome às ruas da Barra do Rio Cerro?

Foto: Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul

Por: Maria Luiza Venturelli

25/01/2023 - 16:01 - Atualizada em: 30/01/2023 - 09:50

Os espaços que os seres humanos constroem contam histórias e por trás de cada rua existem pessoas que de alguma forma fizeram a diferença naquela região. Quem anda pelos bairros de Jaraguá do Sul se depara o tempo todo com nomes de pessoas estampados em placas, muitos são figuras marcantes para o município ou para determinado bairro, como é o caso da Barra do Rio Cerro.

Você provavelmente já passou pela Rua Bertha Weege, mas quem foi a mulher batizada com esse nome? Bertha Karsten Weege nasceu no dia 27 de fevereiro de 1881 e em 1906 chegou em Jaraguá do Sul. Foi casada com Guilherme Weege (ou Wilhelm Weege em alemão), o homem que a ajudou a criar a Malwee Malhas. O casal chegou a Jaraguá do Sul em 1906 e abriu o primeiro comércio da época naquela região.

Tudo começou com uma casa comercial que tinha como principal atividade queijaria e açougue. Em 1948, Wolfgang Weege, filho do casal, assume a direção da empresa e expande as atividades com a aquisição de um frigorífico e laticínios.

Foto: Arquivo OCP News

Na década de 60, o frigorífico foi fechado e no local, a ideia de ocupar o espaço com uma nova indústria surgiu, optando-se então por implantar uma empresa têxtil. Em 4 de julho de 1968 foi fundada a Malwee Malhas, negócio que foi assumido pelo filho do casal, Wander Weege, que fez prosperar. Entre os legados de Wolfgang está o Parque Malwee.

Bertha faleceu em 3 de setembro de 1961 e toda a sua trajetória foi essencial para a Barra do Rio Cerro e toda comunidade jaraguaense, fatos que levaram ela a ser homenageada com uma rua batizada com seu nome. A lei que determina o nome de dona Bertha como rua é a Lei nº 423 de 1973, sancionada por Eugênio Strebe, prefeito de Jaraguá do Sul na época.

Rua Bertha Weege. Foto: Google Maps

Na rua batizada com o nome de Bertha fica o Grupo Malwee, onde estão localizados os setores administrativos da empresa e grande parte das operações de fábrica, como tinturaria, corte, costura, estamparia, bordado, dobração, expedição e parte das equipes de criação e desenvolvimento de produtos.

Rosália Stenger Ayroso, que também deu nome a uma rua da Barra do Rio Cerro, é natural de Jaraguá do Sul e nasceu em 23 de fevereiro de 1904. Filha de Emmerich Stenguer (austríaco) e Elizabeth Rohl Stenger (húngara), começou a trabalhar desde cedo na roça.

Rosália Ayroso. Foto: Arquivo Histórico de Jaraguá do Sul

Casou-se aos 17 anos, com o jovem professor Antônio Estanislau Ayroso, que lecionava na escola do bairro Jaraguá 99. Os dois tiveram oito filhos. Ela sempre foi uma esposa, mãe e dona de casa dedicada, além de ter sido costureira por muitos anos, pessoa muito conhecida em todo o bairro. Rosália também ajudava o marido nas festas de escola e na igreja. Ficou viúva cedo e faleceu em março de 1990, com 86 anos, após adoecer.

A lei que determina o nome de Rosália Stenger Ayroso como rua é a Lei nº 3.211 de 2002, sancionada por Irineu Pasold, prefeito de Jaraguá do Sul na época.