5 curiosidades sobre Indaial que talvez você não sabia

Foto Fernando Pasold

Por: Gabrielle Figueiredo

20/03/2019 - 19:03

Em 21 de março de 1934, foi instalado oficialmente o município de Indaial, desmembrando-se então de Blumenau. Em 2019, comemoramos 85 anos desta data tão importante. Mas será que você conhece algumas curiosidades sobre Indaial? Aqui vão cinco delas!

Origem do nome

O nome Indaial origina-se da Palmeira Indaiá, uma espécie de coqueiro que existia em grande quantidade em um campo utilizado como lugar de descanso para tropeiros, que antigamente seguiam em direção ao litoral.

Palmeira Indaiá. Foto: Divulgação/Árvores Brasil

Além de Indaial, a palmeira também deu origem aos nomes de outros municípios, como Indaiabira (MG), Indaiatuba (SP), Estrela do Indaiá (MG), Dores do Indaiá (MG), Pedra do Indaiá (MG), entre outros.

Ave-símbolo de Indaial

Em 2009, a saíra-de-sete-cores (Tangara seledon) foi eleita ave-símbolo de Indaial pela população indaialense, o que chamou a atenção, inclusive, da mídia nacional. Veja aqui e aqui algumas matérias.

Quatro aves que tinham relação com o município estavam na disputa: gavião-carijó, saíra-de-sete-cores, tucano-de-bico-verde e pica-pau-benedito.

Saíra-de-sete-cores, ave símbolo de Indaial. Foto: Eduardo Gaspar.

A população votou em urnas espalhadas pela cidade e também pela internet. De acordo com dados do IBGE, com base no censo de 2008, a escolha mobilizou 28,91% dos indaialenses. A saíra-de-sete-cores foi eleita com 4.798 votos (33,21%).

Você pode ler a Lei Municipal que institui a ave como símbolo de Indaial clicando aqui.

Significados da bandeira e do brasão do município

Você conhece a bandeira e o brasão de Indaial, certo? Mas será que você sabe os significados que estes símbolos carregam?

Brasão

O brasão das Armas do Município, ou seja, as Armas Municipais foram criadas pela Lei nº 664, de 2 de fevereiro de 1972.

Escudo: formato muito usado na Idade Média e em Portugal, principalmente na época do descobrimento e da colonização do Brasil.

Quatro flechas entrelaçadas: equipamento de caça lembrando a presença dos primitivos donos das terras. Também recordam o primeiro povoado de Indaial, denominado Carijós (índios predominantes na região).

A disposição lembra o fato histórico de o povoado ter merecido um traçado urbano, e por esse motivo estão dispostas em quadro, em área perfeitamente delimitada como um lote ou um território definido.

Besantes de ouro: os frutos do coqueiro Indaiá estão representados no brasão do município pelos besantes de ouro (pequenos discos dourados) que, em número de 34, fazem referência ao ano de emancipação administrativa. Estão dispostos nos limites do escudo, demarcando o território municipal.

Coroa mural de ouro: antigo emblema das municipalidades e sua autonomia administrativa.

Bandeira

A bandeira municipal foi instituída pela Lei nº 670, de 21 de fevereiro de 1972.

Os triângulo-retângulos ao fundo, alternados entre vermelho e branco, representam as cores do brasão do município (vermelho), da prata (branco) e do ouro (amarelo), que é usada ao centro.

O brasão das Armas do Município está no centro da bandeira, sem nenhum de seus outros elementos.

A planta Vitória-régia

As Vitórias-régias são as atrações dos lagos da Praça João Hennings Filho, em frente à Prefeitura, e do parque público municipal João Schulenburg, no entorno da Fundação Indaialense de Cultura (FIC). Mas você sabe como essa planta veio parar em Indaial?

A Vitória-régia é uma planta amazônica e que foi climatizada em Indaial. Durante anos, o padre e naturalista Raulino Reitz e o botânico Valdemiro Nasato tentaram transferir esta planta aquática para o Sul do Brasil. A semente foi trazida da Amazônia pelo padre Raulino, mas não conseguiu suportar o rigor do inverno.

Praça João Hennings Filho. Foto: Fernando Pasold

Sua adaptação só foi possível quando o padre assumiu o Jardim Botânico no Rio de Janeiro. Nasato visitou o amigo no Rio, resolvendo então trazer mudas para Indaial. Assim, a planta foi aclimatada em duas etapas: primeiro no Rio e depois em Indaial.

Desde 1976, ela resiste ao inverno subtropical. Suas folhas nascem na primavera e florescem no verão. E segundo especialistas, devido ao clima da microrregião de Indaial, a Vitória-régia sofreu uma mutação genética natural, tornando-se mais bonita, colorida e com suas bordas mais altas.

A importância da Ponte dos Arcos

A Ponte “Emílio Baumgart”, conhecida como Ponte dos Arcos, é um dos principais monumentos de Indaial. Foi tombada como Patrimônio Histórico Cultural da Cidade em 2011, e figura como um dos principais pontos turísticos. Além disso, é reconhecida pela comunidade como um dos símbolos de relevância de Indaial.

Ponte dos Arcos Emílio Baumgart. Foto: Heinz Beyer

E isso tudo não é à toa, já que a ponte tem grande valor histórico, pois por volta de 1909, com o crescimento da região devido à inauguração da ferrovia Blumenau, havia a necessidade da construção de uma ponte para o cruzamento do rio Itajaí-Açu.

A concorrência para a obra foi vencida pela firma Emílio Odebrecht e Cia., que faria a construção de uma ponte de concreto armado com 175 metros de comprimento e 6 metros de largura. O contrato foi assinado em 19 de fevereiro de 1924.

Porém, após a enchente de maio daquele ano, o projeto inicial de construir os arcos por baixo foi abandonado, pois toda a armação de madeira para concretagem foi carregada pelo rio. O novo projeto com arcos por cima foi substituído pelo antigo e proporcionava mais segurança.

A ponte foi inaugurada em outubro de 1926, e o nome “Emílio Baumgart” é uma homenagem ao engenheiro civil blumenauense.

Sua construção foi um acontecimento histórico, pois é a primeira ponte de cimento armado erguida sobre o rio Itajaí-Açu e a primeira desse porte no Brasil.

Você já sabia algumas dessas curiosidades sobre Indaial? Deixe nos comentários!

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