E se caísse uma bomba atômica em Floripa? Fizemos a simulação, veja!

Por: OCP News Jaraguá do Sul

12/04/2018 - 10:04 - Atualizada em: 12/04/2018 - 14:59

Impossível esquecer as manhãs de 6 e 9 de agosto de 1945. A terrível tragédia em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, ainda causa sentimentos de tristeza e revolta no mundo. E não é pra menos, o lançamento de bombas nucleares por lá aconteceu há quase 73 anos, mas os estragos ainda têm efeitos visíveis na vida daquele povo.

Quer receber as notícias do OCP Florianópolis no WhatsApp? Clique aqui

São inúmeros os relatos do terror e milhões de mortos: em Hiroshima, cerca de 140 mil, e em Nagasaki, outros 74 mil.

Mas você já parou para pensar se uma dessas bombas tivessem atingido Florianópolis? Para entender os efeitos e limites dessas ‘armas’, a Outrider Foundation bolou um infográfico explicando as etapas por trás da implosão.

Com essa ferramenta, “jogamos bombas nuclear” na capital, para analisar a devastação com base em perímetros de risco semelhantes aos do evento no Japão.

O resultado é assustador! Segundo a ferramenta, se a Tsar Bomba – maior detonada na União Soviética – caísse no Centro, faria Floripa desaparecer, assim como destruiria cidades vizinhas. Ao todo, seriam aproximadamente 643 mil mortos e 181 mil feridos.

Estragos da radiação (raio de 50 km)

Logo após a detonação, os materiais nucleares emitem uma explosão de radiação na forma de raios gama e nêutrons. As pessoas que absorvessem as partículas em um curto período teriam envenenamento por radiação aguda.

Poderiam morrer dentro de algumas horas ou semanas. As vítimas experimentariam sintomas, incluindo náuseas e fadiga. Seu cabelo cairia e seus glóbulos brancos morreriam, aumentando o risco de infecção.

A radiação pode permanecer no ambiente por décadas. O efeito sobre os seres humanos é principalmente através da alimentação: as culturas absorvem a radiação e a transmitem aos animais – incluindo o gado – que comem as plantas.

As pessoas que comem estas plantas ou animais contaminados sofrem riscos de saúde a longo prazo. Crianças e bebês são mais suscetíveis e podem desenvolver hipotireoidismo e câncer.

Essa área compreende vários bairros, como o Centro, Agronômica, Santa Clara, Pantanal, Córrego Grande, Itacorubi e Coloninha. Atingiria estruturas como o Ifsc de Floripa, Mirante do Morro da Cruz, A Universidade Federal de SC, do outro lado, a Praça Nossa Senhora de Fátima e o Estádio Orlando Scarpelli.

Bola de fogo (raio de 70 km)

Mais devastador que a radiação, é a bola de fogo desta bomba. O raio máximo da bola de fogo faria praticamente toda a cidade desaparecer. De acordo com a Fundação, essa bola de fogo é 10 mil vezes mais quente que a superfície do Sol.

No primeiro milionésimo de segundo após a detonação, os materiais da bomba aqueceriam a temperaturas extremas. A bola de fogo se formaria imediatamente, e emitiria uma enorme quantidade de energia como raios X, luz e calor, expandindo-se enquanto esfria. Qualquer coisa – ou qualquer outra pessoa – dentro da bola de fogo seria vaporizada em um instante.

Este trecho compreende: atingiria os bairros Costeira do Pirajubaé, Itaguaçu e Campinas.

Onda destrutiva (raio de 555 km)

À medida que a bola de fogo se expandisse rapidamente, ela forçaria o ar ao redor, criando uma onda de choque.

Neste raio, a pressão da onda de choque é forte o suficiente para destruir a maioria dos edifício. Ventos com força de furacão acompanham a frente de choque, aumentando a destruição.

Embora o corpo humano possa sobreviver a um salto de pressão significativo e a ventos fortes, pessoas dessa área, provavelmente seriam feridas ou mortas em baixo dos escombros ou detritos arrastados pelo vento.

O trecho compreende: os arredores da capital, chegando a São José, Palhoça, Canto da Lagoa, Praia da Joaquina, Barra da Lagoa, o Campeche e a Praia João Rosa.

O calor nos arredores (raio de 5.151 km)

A explosão produz calor intenso que causa danos catastróficos. Qualquer pessoa dentro deste raio teria queimaduras graves ou fatais de terceiro grau.

Dentro do raio mostrado aqui, madeira, roupas, papel e plásticos pegariam fogo. Mesmo fora desse limite, o calor ainda seria intenso o suficiente para causar queimaduras de primeiro e segundo graus.

Outras bombas:

Bomba Little Boy (atingiu Hiroshima): Bola de fogo – 0,1 km | Onda destrutiva – 2 km | Radiação – 4 km | Onda de calor – 6 km.
– Mortos: 25.022
– Feridos: 48.682

Bomba Hwasong-14: Bola de fogo – 0,7 km | Radiação – 7 km | Onda destrutiva – 12 km | Onda de calor – 43 km
– Mortos: 91.390
– Feridos: 124.399

Bomba W-87: Bola de fogo – 1 km | Radiação – 9 km | Onda destrutiva – 18 km | Onda de calor – 78 km
– Mortos: 130.633
– Feridos: 146.420

-> Faça a simulação você mesmo, neste link!

*Gabriela Bubniak para o site Por Acaso