“Transparência é essencial no empreendedorismo”, afirma empresário jaraguaense Luís Huffenüsler Leigue

Foto Divulgação

Por: Pedro Leal

12/06/2019 - 05:06 - Atualizada em: 13/06/2019 - 09:16

A facilidade na comunicação e no contato com clientes promovida pelas redes sociais ajudou muito a empreender – e justamente por isso, é essencial para quem quer empreender manter uma comunicação aberta e  transparente com seus  clientes e funcionários. É o que defende o publicitário e empresário Luís Huffenüsler Leigue, gestor da agência CMC e idealizador do espaço Coolworking.

“Não basta só ter boas ideias, é preciso comunicar elas de forma clara, transparente e com responsabilidade, e estar aberto ao retorno que vai ter dos seus clientes em potencial”, afirma.

Para isso, é importante estabelecer metas, esclarecer o andamento dos projetos e ser aberto quanto à atrasos e mudanças. “Também não é aceitável ser transparente e aberto ao diálogo com o cliente e fechado com os funcionários, nem cobrar destes prazos inviáveis ao invés de admitir mudanças”.

De acordo com o empresário, o ambiente atual permitiu que empreendedores tenham resposta muito mais rápida dos seus projetos – e os sujeitou a mais criticas. “Antes se levava um, dois anos para saber se um produto ou alteração foi bem recebido, agora isso pode ser feito quase em tempo real, o que muda muito as coisas”, explica.

Experimentando com responsabilidade

O ambiente de rede e a expansão do setor de tecnologia abriu o mercado para mais experimentação, mas esta experimentação deve vir com responsabilidade. “O fato de hoje podermos corrigir e atualizar um aplicativo após o lançamento não pode servir como desculpa para lançar ‘como está’ e consertar depois”, frisa.

Ele ressalta que o conceito de empreendedorismo não se aplica somente a quem quer abrir uma empresa. “É possível empreender dentro do seu trabalho, no chamado intraempreendedorismo, propondo projetos na empresa onde trabalha, mas as expectativas são as mesmas: clareza, transparência e comprometimento”, diz.

Outro ponto que Leigue frisa é o motivo para empreender. “Por que você quer lançar este produto, este serviço? O que ele traz de novo? ‘Para ganhar dinheiro’ por si só não é um argumento, o que você realmente quer?”, questiona. Segundo ele, o mercado se encontra um tanto saturado de ideias ‘copiadas’ para seguir tendência, sem agregar valor ou questionar o motivo daquilo ter dado certo.

“E não só no empreendedorismo, vemos isso de grandes empresas, como tivemos todos os grandes estúdios copiando o universo compartilhado da Marvel sem ver como aquilo tinha dado certo”, exemplifica.

 

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