Arte de Joan Miró desembarca em Joinville neste sábado

Fotos divulgação

Por: Rubens Herbst

22/02/2019 - 16:02 - Atualizada em: 28/08/2019 - 23:08

Não é sempre que um mestre, um notável em sua área, influente e reconhecido no mundo todo dá o ar da graça em Joinville. Bem, não em carne osso, já que Joan Miró se foi em 1983. Parte de sua obra, porém, se faz presente a partir deste sábado (23) no Instituto Juarez Machado, abrigo da exposição “Litografias – Maravilhas com Variações Acrósticas no Jardim de Miró”.

A mostra reúne 20 obras do pintor, escultor, gravador e ceramista catalão, cujo experimentalismo o tornou um dos grandes artistas visuais do século 20. Suas telas e esculturas de grandes proporções estão espalhadas pelo planeta, e alguns dos maiores museus do mundo já lhe renderam antologias.

Fortemente influenciado pelo surrealismo e pelos horrores da guerra, Miró criou um estilo próprio, formado por linhas, manchas e pontos de cores intensas, percebidas em algumas de suas obras mais famosas, como “O Ceifador”, “Carnaval de Arlequim” e as séries “Blue” e “Constelações”.

“Maravilhas com Variações Acrósticas no Jardim de Miró” é a homenagem literária que o poeta e dramaturgo espanhol Rafael Alberti ( 1902-1999) prestou ao artista amigo e conterrâneo. Os versos são inspirados na vida de Miró e sua companheira Pilar, evocando uma viagem a um jardim imaginário cheio de flores, plantas exóticas, pássaros, insetos, pequenos animais, caramujos, o sol, a lua, as estrelas, gnomos.

“A mostra é relevante pela representatividade do expositor de renome mundial,  pelo ineditismo em Joinville, pela valorização dessa técnica como fator de disseminação da arte, pela visão da curadoria em realizar exposições de caráter didático e de formação de público, e pela poética do mestre Miró”, esclarece o curador Edson Busch Machado.

Fernando Quevedo de Barros, divulgação

Fabio Pantoni

Outra exposição que inaugura neste sábado é “A Filha do Imperador”, do paulista radicado em Joinville Fabio Pantoni (foto acima). Ele mira a história da cidade – que completa 168 anos em março – ao revisitar a figura da princesa Dona Francisca. Nas 18 telas, Fabio monta um quebra-cabeça de imagens baseado em no romance histórico “Dona Francisca de Bragança, a Princesa Boémia”, da escritora portuguesa Maria José Fialho Gouveia.

A abertura das duas exposições começa às 10h, com entrada gratuita e apresentação dos músicos Pavel Kazarian e Gabriel Vieira. Elas ficam abertas para visitação até 5 de maio.