Por que os pais querem que seus filhos estudem, entrem numa boa e prestigiada Universidade?

Por: Gabriel Junior

21/07/2017 - 09:07

Por que os pais querem que seu filhos estudem, entrem numa boa e prestigiada Universidade? – Ah, para que saiam de lá feras, entrem no mercado e ganhem dinheiro, muito dinheiro, fiquem ricos… Certo? E quem não pensar assim, como pai, como mãe, terá um pé na “loucura”, na saudável loucura da felicidade… Não entendeste? Vou explicar.

Mas antes da explicação, uma pergunta: supondo que tu sejas mãe, pai, o que é que tu preferes, que teu filha, filho, seja um gênio em matemática ou um gênio em inteligência emocional? A maioria vai responder dizendo – “Hein? Não entendi…”. Faz sentido, estamos no Brasil, uma sociedade patriarcal, assistencialista, emocionalmente pobre e de inteligência rasante…

Se um jovem for gênio em Matemática, no Brasil, com certeza, vai morrer pobre, dando aulinhas por aqui e por ali, pobre, muito pobre… Já se a pessoa for inteligente emocional, ah, poderá ter uma vida bem mais folgada, folgada no plano das relações humanas e pessoal, com ela mesma.

A inteligência emocional é a inteligência do controle das próprias emoções, a pessoa não se prejudica, não se exalta, não perde a bússola da vida por qualquer dá-cá-essa-palha…

Ouvi há pouco um professor de Psicologia, o Oliver John, americano, dizendo que a pessoa que tem controle emocional costuma ser persistente (saudavelmente persistente, de outro modo, a persistência é teimosia, isto é, burrice…), disse que a pessoa com inteligência emocional é empática, se coloca com sensibilidade no lugar da outra pessoa, a entende e, claro, mais que tudo, autocontrola-se. Sim, mas se pode aprender a ser inteligente emocional? Não, o que se pode aprender é a ter uma consciência mais apurada sobre nós mesmos, que somos, por exemplo, uns atropeladores sociais, quando for o caso…

Os inteligentes emocionais têm paciência para ouvir as outras pessoas, não as rotulam de imediato, pensam antes de falar, são, enfim, moderadas naturalmente. Isso no casamento, Santo Deus, leva os pombinhos ao paraíso, mas… É tão difícil encontrar uma pessoa inteligente emocional quanto dar de cara com um elefante dentro da igreja, agora, imagine duas pessoas assim e casadas. Paraíso na Terra, com certeza.

Mas é bom saber de que tipo somos, melhorar esse tipo, mudá-la é impossível. Não mudamos em nada, só mudamos no que não nos é importante, nos secundários. E se o seu filho/filha for inteligente emocional, leitora/or, deite e durma, seu filho/filha será uma pessoa feliz. Ainda que muito pobre, ora bolas!

Dinheiro

Uma ONG em São Paulo, a O Bem Gasto, está indo às periferias ensinar moradores a lidar bem com o dinheiro. Esse ensino devia ser “natural” em todas as famílias, afinal, quem não sabe lidar com o dinheiro? Ora bolas, os estúpidos, os que fingem não entender que ninguém pode gastar mais do que ganha e nem fazer crediário por bobagens. Mas como é que as “famílias” vão ensinar se o papaizinho e a mamãezinha são paspalhos do consumo?

Falta dizer

Temos vários cursos que ensinam a usar bem o dinheiro, mas nenhum, que eu conheça, para ensinar e debater vulcanicamente com os jovens sobre sexo promíscuo, o sexo que eles fazem com as namoradas, namorados… Pais “ingênuos”. Ferro!