Saí para caminhar. E como sempre, fones nos ouvidos. Escutando mais uma vez Louise Hay, palestrante americana. Já ouvi a Louise de todos os modos e li seu livro mais consagrado várias vezes: “You Can Heal Your Life”, você pode curar sua vida. Nesta última palestra que escutei, Louise falava do câncer que a fez tremer sobre os sapatos quando ela estava chegando aos 80 anos. Um abalo, a leitora pode imaginar. Foi ao médico. Feito o diagnóstico, ela não começou logo o tratamento múltiplo e comum nesses casos. O médico dela, bom médico, dos poucos, não começou a terapia sem antes saber detalhe por detalhe da vida pregressa da Louise, a começar pela sua infância. Lá pelas tantas, o médico disse a ela: – “Você tem vivido todos estes anos com muito ressentimento e rancores guardados, certo”? Certíssimo. Louise viveu, ela conta isso nas palestras, abusos de toda sorte enquanto criança, viu sua mãe ser desrespeitada, surrada e finalmente abandonada pelo marido, seu pai. Nunca esqueceu, passou anos e anos remoendo essas lembranças, odiando muito de sua vida. Feita essa sacada pelo médico, Louise deixou claro que nenhum tratamento para o câncer lhe daria bom resultado se ela não “esquecesse” todos os seus dramas e ressentimentos. Ou isso ou perda de tempo com o tratamento. E ela citou nessa palestra que acabei de ouvir o livro do oncologista americano Bernie Siegel, livro que li e já citei aqui várias vezes: “Amor, Medicina e Milagres”. Sem uma saudável revisão da vida passada – onde se assenta a razão das doenças em qualquer pessoa – nada feito. É preciso que a pessoa limpe sua cabeça dos ressentimentos, ódios e todos os sentimentos de fraqueza, fracassos e menos-valia. Nossas doenças vêm dos nossos azedumes, posto que pensemos que eles são inevitáveis e que um dia irão nos fazer justiça diante dos que nos fizeram sofrer. Engano esse pensamento. O pregado desapego dos budistas não se vincula apenas aos bens materiais, bem pouco sobre isso, o desapego saudável e que nos vai dar saúde e felicidade vem do sincero bater das mãos: passou, virar a página. Os ácidos emocionais do presente são os fermentos de todas as enfermidades. Mas vá dizer isso para o imenso rebanho dos desatentos, vá…
CASAMENTOS
Acabei de ouvir numa rádio de rede nacional um longo arrazoado sobre “casamentos abertos”. Vão se coçar numa tuna esses irresponsáveis que assumem e alardeiam o tal casamento aberto, que outra coisa não é senão fazer sexo aqui, ali e acolá sem compromissos com ninguém. Por que outra razão iriam pregar casamentos abertos? Ademais, quem ama não divide, quem divide não ama. E sexo “externo”, dizendo-se a pessoa casada, é prostituição barata. Desprezo a esses tipos!
CENAS
Fingir aceitar de tudo um pouco que anda por aí é indisfarçável hipocrisia. Já falei de casamentos abertos, os “modernos” dizem aceitá-los, só não aceitam os deles… Outros defendem um ladrão que entrou num supermercado de São Paulo para roubar caixas de chocolate, foi pegado e “ferrado”… Um seu defensor argumentou que o ladrão passava fome. E ia matar a fome com chocolates? E por que o “doutorzinho” não aconselhou o vadio a que fosse trabalhar? Safados!
FALTA DIZER
Hipocrisia. Li uma pesquisa americana sobre a reação das pessoas quando são apresentadas a uma pessoa rica e quando são apresentadas a uma pessoa “comum”. Muitos sorrisos para a rica, espontâneos e generosos sorrisos. E para os “pobres”? O sorrisinho comum. E esses hipócritas também votam. Lá e cá…