“Marginais saqueiam casas em Brumadinho”

Foto Bombeiros de Minas Gerais/Divulgação

Por: Elissandro Sutil

02/02/2019 - 05:02

Enquanto todos se compadecem em ver as notícias vindas de Minas Gerais, na tragédia de Brumadinho, outros, vagabundos, se aproveitam da situação em benefício próprio. Não é possível mensurar como a maldade humana é imprevisível!

A polícia está tendo trabalho em controlar saqueadores que estão vindo de outras cidades para invadir a casa dos moradores que tiveram que abandonar seus lares por causa do acidente. Não bastasse tudo que estão passando, ainda têm que se preocupar se quando voltarem para casa terão seus bens ali disponíveis.

Vou te contar que às vezes eu não sei se só uma mudança na lei adianta, nosso problema está em nós mesmos.

É a educação, é a cultura, é aquela coisa do jeitinho brasileiro, de tomar vantagem em tudo, e isso vai desde o taxista que cobra mais caro do turista que não conhece o caminho, ao político que desvia milhões de obras públicas.

Cada um tem sua dose de malandragem. É uma pena, mas nem tudo está perdido. Se começarmos já, em dez ou vinte anos podemos ter uma geração melhor, por que da nossa, não são muitos que se salvam.

Aprender com os erros

Foi preciso desabar duas represas para começarem a fiscalizar com mais rigidez as obras do tipo em todo o Brasil. Quem achava que tínhamos aprendido com o primeiro desastre se calou ao ver tudo ocorrer novamente, no mesmo estado, e por um problema semelhante: negligência.

E isso não foi só em Brumadinho, mas também em Santa Maria. Lembram da Boate Kiss? Quantos mortos, não? Pois é, desde lá, uma série de situações deixaram os alvarás mais duros de serem conquistados junto aos bombeiros, com novas exigências para as casas noturnas. Todas cumprem? Não!

O motivo é simples: falta de fiscalização. Não há efetivo e nem estrutura para fiscalizar, e muito menos exemplo de punição. Assim como no caso da Kiss, no caso de Mariana ninguém foi severamente punido até então.

Todo mundo virou vítima, mas ninguém autor em definitivo. É um jogo de empurra-empurra que não tem fim.

Enquanto não houver a aplicação da lei e principalmente um negócio chamado punição, o papel exigirá coisas muito lindas, mas a realidade trará muitas decepções. O lucro costuma aparecer antes da prevenção.

Pega essa

Enquanto muitos da imprensa defendem o governo de Maduro, a imprensa estrangeira teve nessa semana alguns repórteres presos e deportados. Até quando os militares vão observar tudo isso que ocorrer sem tomar uma atitude?

Ninguém sabe! Mas muito em breve algo deve ocorrer, e pode respingar no Brasil. A Polícia da fronteira e as forças armadas estão atentas e vigilantes, podem ter certeza.

 

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