“Tesouro Direto ou Fundos de Renda Fixa: por onde começar a investir?”

Foto: Ana Kamila, CFP.

Por: Warren Brasil

18/06/2021 - 10:06 - Atualizada em: 18/06/2021 - 10:33

“Qual é o melhor investimento?”. São tantos fatores envolvidos neste questionamento que não há uma resposta pronta. Sigo afirmando que a melhor resposta é: depende. Mas por que “depende”? Bom, eu poderia ressaltar os tipos de títulos que o Tesouro Direto oferece e todos os tipos de fundos de renda fixa que o mercado possui. Em vez disso, vou descomplicar o assunto e trazer os tópicos principais para quem está começando.

Quando falamos em investir, o primeiro passo é construir uma reserva de emergência. E para esse objetivo, o Tesouro atrelado à Selic e os fundos de renda fixa DI são uma ótima alternativa. Ambos possuem rendimentos associados à taxa básica de juros do país, a Selic, que foi ajustada recentemente para 4,25% ao ano.

A poupança, ainda muito utilizada pelos brasileiros, rende apenas 70% da Selic. Já o Tesouro rende 100%. Mas, afinal, o que é o Tesouro Direto? O Tesouro é a maneira de você emprestar dinheiro para o governo e, em troca, receber uma remuneração. Ele é considerado o investimento mais seguro, já que se trata de uma dívida soberana.

Já os fundos DI podem render algo muito próximo a 100% da Selic ou, em alguns casos, superar essa margem. Um fundo de investimento compra vários títulos. Se você aplica em um fundo DI, o seu dinheiro poderá ser aplicado pelo gestor do
fundo em títulos do Tesouro ou até mesmo em títulos de bancos.

Em ambos, há algumas características para você ficar de olho! A primeira delas é o tempo de resgate. O Tesouro Direto leva um dia útil para entrar na sua conta. Os fundos DI, em sua maioria, possuem resgate no mesmo dia.

Há também a questão do valor mínimo para começar. No Tesouro, com cerca de R$ 30 você já pode aportar. Já os fundos DIs tradicionais dos bancos, em sua maioria, solicitam aplicação inicial de R$ 500. Aqui deixo uma dica: há corretoras em que você pode investir em fundos com aplicações muito menores, começando até mesmo com R$ 1.

Por fim, há os custos envolvidos. Para o Tesouro Selic, a B3 cobra uma taxa de custódia de 0,25% ao ano para aplicações a partir de R$ 10 mil, e algumas instituições financeiras podem cobrar mais uma taxa para a guarda dos títulos. Já os fundos DI possuem uma taxa de administração que geralmente varia de 0,25% a 0,80% ao ano.

E afinal, como escolher? Preste atenção na taxa de custódia do seu banco ou corretora, na taxa de administração do fundo e na rentabilidade, além do valor que você pode investir. E lembre-se: investir é para todos!

Texto de Ana Kamila, CFP. E-mail dela é ana.casagrande@warren.com.br.